O CORONEL E O LOBISOMEM - UMA SAGA SERTANEJA
A nossa literatura tem muitas pérolas, ou seja, muitos romances maravilhos que muitas pessas desconhecem. Muitas por falta mesmo de interesse intelectual, ou seja, não gostam de ler quase nada e outras, quando gostam, geralmente, procuram se interessar por literatura estrangeira, achando que eles são melhores do que os nossos só por causa das listas que a mídia divulga. Grande equívoco. Tanto brasileiro quanto estrangeiro qualquer escritor pode ser ótimo e eficiente, agradando a gregos e troianos.
Senão, vejamos o exemplo de um romance do escritor José Cândido de Carvalho intitulado O Coronel e o Lobisomem. Trata-se de um romance típico do nordeste brasileiro, onde ele narra a saga do Coronel Ponciano de Azeredo Furtado - muito temido e também respeitado por todo aquele rincão, como o próprio autor escreve, quando fala deste personagem principal do seu livro em questão. O tal coronel é considerado o dono, o grande chefão do lugar. A lei é ele quem faz e determina o que é certo ou errado. Faz questão de colocar os pontos nos is e que a sua ordem seja sempre acatada, respeitada, obedecida, etc. Não aceita desrespeito ou ofensa de quem quer que seja. Apesar da idade avançada, o coronel Ponciano está sempre voltado para um rabo de saia. Pois considera o sexo quase uma obrigação de todo o macho que se preza. Ele só estala o dedo para uma cabrocha e ela tem que logo vir se deitar com ele e atender todos os seus caprichos ou ela gosta ou não gosta, isto é, atinja ou não o tão sonhado e desejado prazer carnal. Além deste detalhe, o tal coronel tem por objetivo vencer uma batalha com o tal lobisomem que ronda a redondeza, amedrontando muita gente. Até que certa noite, segundo o enredo da história, ele consegue travar uma luta ferrenha com o tal lobisomem e sai vitorioso, o que o torna mais respeitado e temido naquele lugar. Apesar de ficção, alguns detalhes da narrativa deste renomado romance tem um quê de verdade ou bem similar com a realidade do sertão brasileiro.