Por um pouquinho de sonho
Não, me desculpem, please, mas não vou tratar das listas do PSL, nem do entronamento de zero três na liderança do partido (compensação para o sonho de embaixabúrguer), nem tampouco da reeleição de Evo na Bolívia, nem da crise do Chile, ne do Equador, nem da tentativa da solução jabuticaba do STF e nem, pasmem, do concurso de bolos da novela "A Dona do Pedaço".
. Concordo que deveria continuar no samba de uma nota só, mas me bateu uma onda light, pelo menos neste momento, depois de ouvir Emílio Santiago cantar "Verdade Chinesa". Resultado, me bateu, de repente uma necessidade de dar uma viajadinha pelas veredas da imaginação, ou seja, sonhar, devanear divagar, fazer de contas... Ora, que mal faz uma pitadinha de sonhos. Ou será que há pessoas que não sonham? Se há são perigosas, são seres raivosos, rancorosos, odientos e, não raro, violentos. Sim, porque são vazios de sentimentos. Nao param para ouvir Verdade Chinesa.
Sou um caboclo sonhador. De vez em quando eu viajo n tapete da imaginação ou da ilusão,tanto faz. Por que não sonhar? Por que nao dar uma passadinha pelo país do faz-de-conta? Juro que a gente fica mais leve. Depois ri, balança a cabeça negando, mas está satisfeito. Como é bom sonhar, e sonhar ainda não é tributado.Nesses dias a equipe econômica resolve tributar.
Bem, vou ficando por aqui, mas antes vou transcrever uns versos de Pessoa:
Sim, sei bem/ Que nunca serei alguém./ Sei se sobra/ Que nunca terei uma obra./ Sei, enfim, / Que nunca saberei de mim./ Sim, mas agora/ Enquanto dura esta hora/ Este lugar, estes ramos,/ Esta paz e que estamos,/ Deixem-me crer/ O que nunca poderei ser".
Entra à vontade, toma u copo... Ah, vida. Inté.