TODO FIM DE ANO É SEMPRE A MESMA LADAINHA
É isso mesmo, toda passagem de ano novo é sempre a mesma ladainha. No exato momento em um ano dá adeus e o novo principia, sempre muitas pessoas que estão com saúde então começam a se cumprimentar, abraçar, ao mesmo tempo em que empunhando taças de champanhe e copos com cervejas e outras bebidas, formulam votos de Feliz Ano Novo e, inclusive, com muita emoção no ar, alguns até choram de alegria e emoção, na esperança que o ano que principia traga muitas felicidades e mudanças boas para a vida de cada um. Inegavelmente, toda esta euforia é muito bonita e louvável, desde que todos estes cumprimentos sejam realmente sinceros, ou seja, brotados do âmago de cada um que assim age em momentos assim.
Abrindo um parêntesis, nesta alegria anual, surge uma pergunta no ar: será que algumas pessoas nesta hora de abraços, beijos, cumprimentos, bebidas, iguarias, etc., conseguem se lembrar um pouco, não apenas por compaixão, dó ou até hipocrisia daquelas pessoas impossibilitadas de participar destas congratulações? Como, por exemplo, os presidiários, os pacientes hospitalizados, os mendigos que vivem nas ruas, os menores abandonados, os asilados? É a pergunta que não quer calar.
Há outro fato que se observa facilmente em todo o início de ano novo: As inúmeras promessas, planos, pedidos para obter saúde, êxitos, incluindo aqueles mirabolantes, como viagens ao exterior, dieta, parar de fumar, beber ou outro vicio qualquer. Pelo modo como muitas pessoas falam que pretendem em todo ano que começa até parece que querem se transformar em santas. Quanta imaturidade. Quase todos os projetos só vingam nos primeiros dias, depois a vida de cada um vira rotina até o final do ano que começa. E muitos e muitos planos, promessas, projetos vão se implodindo, paulatinamente. Salvo raríssimas exceções, diga-se de passagem.