O MODO DE ENCARAR A VIDA SIMPLES
Para ter algum prazer na vida não é preciso ir muito longe ou fazer planos, conjeturas, programas, etc. Na maioria das vezes que criticamos a nossa vida agitada, atribulada ou vazia, muitas vezes, agimos com injustiça. Todavia, considerando o futuro ser imprevisível é óbvio aproveitarmos bem o momento atual, procurando ver nas coisas, nos fatos, nas pessoas, enfim, em tudo, a simplicidade, a sinceridade e a coerência. Vivemos, amiúde, com uma preocupação inútil, sem necessidade e exagerada. Costumamos ter a mania de aumentar, exagerar os fatos, as coisas, etc. Outra coisa, o vício de querer sempre o impossível ou muitas outras coisas simultaneamente, como se pudesse transformar o ser humano num maníaco, num doente, num neurótico sempre desgostoso, descontente, incompleto, vazio. Precisamos sintonizar mais as coisas simples que acontecem no nosso cotidiano, ao nosso redor, como, por exemplo, o sorriso pura de uma criança, o canto de algum pássaro engaiolado ou mais adequado, no galho de alguma árvore de algum quintal, as gargalhadas de uma turma de jovens numa esquina da rua, os gritos de algum vendedor de frutas autônomo que anda pelas ruas e até o barulho estridente e incômodo de alguma moto, cujo piloto parece que não tem nada melhor para fazer e fica transitando nas ruas do bairro só para importunar os vizinhos. Tudo isto faz parte do dia a dia das pessoas de um modo geral e ninguém pode fugir disto, a não ser que se mude para uma ilha ou uma chácara bem isolada do mundo. Mesmo assim, com esta tentativa de isolamento proposital será sempre duvidoso e ambíguo se tal pessoa encontrará aquela felicidade que tanto almeja se ela não dormita no seu âmago, ao mesmo tempo em que tal pessoa procurar sempre encontrá-la nos outros e nas coisas externas e fugazes.