Esse barco já partiu
Esse barco já partiu
Irmão Kryon, que há 30 anos percorre o mundo plantando sementes, disse certa feita que a sabedoria das eras vem de uma mentalidade disfuncional, que acredita que é sábia quando não é, e se parabeniza por coisas que inventou ou que, na sua ignorância, percebeu como verdade.
Pra qualquer lado que você olhe, algo está em ebulição. E tem alguém observando. E um mistério desvelado. Desde que o Snowden revelou a existência do XKeyscore (Programa de Vigilância) pode-se simplesmente dizer que nada mudou, tudo mudou, etc., mas não em virtude da revelação dele e sim porque esse barco já partiu. Dentre outros.
É só uma questão de preferência. No que te inclinas a acreditar? A. Que o Projeto Filadélfia aconteceu de fato, possibilitando assim que o destróier de escolta USS Eldridge tornou-se invisível aos observadores por um breve período, ou, B. Que o Marcelão, um amigo que eu não via faz tempo, de repente me aparece, e quando eu pergunto do Afonso, ele responde: cara, o Afonso morreu, e eu, que tinha ido no velório do Júlio, lá no cemitério Campo Grande, vejo outro caixão, com o Afonso dentro. Achei que tinha errado de velório.
Fiquei abalado com a partida do Afonso, lembrando de quando nos conhecemos, inverno de 2004, figura alegre e enérgica surgindo em meu caminho para amplos esclarecimentos em certo recomeço de vida, época em que tudo parecia mais improvável do que o Projeto Filadélfia, também conhecido por Projeto Rainbow e ou Montauk, cuja variedade de resultados, embora ocultos, desastrosos e mal aplicados, trouxe revelações impressionantes em relação a campos magnéticos, campos de gravidade e efeitos de teletransporte e de tempo-espaço.
Quando o Marcelão me deu a notícia ocorreu coisa similar a teletransporte de tempo-espaço.
Ontem, fazendo compras na japa, a própria jogou uma manga para uma senhorinha, que recusou, tinha um ar triunfante mesmo fustigada pela vida, saiu da quitanda em passo firme, rápido, a japonesa pegou a manga de volta e comentou: "Cortaram a água da casa dela. O povo sofre”.
Fiquei mudo. Dizer o que?
Cade vez que eu vejo a dita mídia, artistas com viés esquerdista e ou esses políticos encarquilhados se manifestando, julgo estar ouvindo algo tipo: os fulerenos allotrope Carbono-60 Esféricos denominados 'Bucky-Balls' revelam que os icosaedros truncados moleculares de fulerenos revertem da partícula de nano-matéria para onda quântica em certas condições.
Eu tenho a impressão, e em dados momentos tudo se resume a isso, que algumas pessoas estão mesmo comprometidas com o bem estar da nação, mas se alguma delas, por exemplo, caminhar sobre o rio Tietê, a imprensa vai dizer que não sabe nadar.
Num dia como hoje, ao ponderar naquele átimo de segundo com absoluta clareza de que a opressão está dando lugar à expansão, quando soa incontestável que às vezes a luz mais brilhante vem dos lugares mais escuros, também me assombra a noção de que a base de sustentação da liberdade e da prosperidade naquilo que ainda conhecemos por civilização não deixa de ser tênue, misterioso, quiçá fácil de pulverizar e muito difícil de restabelecer.
Clichês, infelizmente, tem respaldo no horizonte.
Bem, estamos parindo, e como já foi verbalizado, nunca houve uma mulher que se queixou da calmaria entre as contrações. Então respiro o possível e tento acalmar as apreensões, sempre o futuro, pfiuu, afinal, esse barco já partiu.
(Foto: cercanias de Alter do Chão, por Carolina Nobis)
Esse barco já partiu
Irmão Kryon, que há 30 anos percorre o mundo plantando sementes, disse certa feita que a sabedoria das eras vem de uma mentalidade disfuncional, que acredita que é sábia quando não é, e se parabeniza por coisas que inventou ou que, na sua ignorância, percebeu como verdade.
Pra qualquer lado que você olhe, algo está em ebulição. E tem alguém observando. E um mistério desvelado. Desde que o Snowden revelou a existência do XKeyscore (Programa de Vigilância) pode-se simplesmente dizer que nada mudou, tudo mudou, etc., mas não em virtude da revelação dele e sim porque esse barco já partiu. Dentre outros.
É só uma questão de preferência. No que te inclinas a acreditar? A. Que o Projeto Filadélfia aconteceu de fato, possibilitando assim que o destróier de escolta USS Eldridge tornou-se invisível aos observadores por um breve período, ou, B. Que o Marcelão, um amigo que eu não via faz tempo, de repente me aparece, e quando eu pergunto do Afonso, ele responde: cara, o Afonso morreu, e eu, que tinha ido no velório do Júlio, lá no cemitério Campo Grande, vejo outro caixão, com o Afonso dentro. Achei que tinha errado de velório.
Fiquei abalado com a partida do Afonso, lembrando de quando nos conhecemos, inverno de 2004, figura alegre e enérgica surgindo em meu caminho para amplos esclarecimentos em certo recomeço de vida, época em que tudo parecia mais improvável do que o Projeto Filadélfia, também conhecido por Projeto Rainbow e ou Montauk, cuja variedade de resultados, embora ocultos, desastrosos e mal aplicados, trouxe revelações impressionantes em relação a campos magnéticos, campos de gravidade e efeitos de teletransporte e de tempo-espaço.
Quando o Marcelão me deu a notícia ocorreu coisa similar a teletransporte de tempo-espaço.
Ontem, fazendo compras na japa, a própria jogou uma manga para uma senhorinha, que recusou, tinha um ar triunfante mesmo fustigada pela vida, saiu da quitanda em passo firme, rápido, a japonesa pegou a manga de volta e comentou: "Cortaram a água da casa dela. O povo sofre”.
Fiquei mudo. Dizer o que?
Cade vez que eu vejo a dita mídia, artistas com viés esquerdista e ou esses políticos encarquilhados se manifestando, julgo estar ouvindo algo tipo: os fulerenos allotrope Carbono-60 Esféricos denominados 'Bucky-Balls' revelam que os icosaedros truncados moleculares de fulerenos revertem da partícula de nano-matéria para onda quântica em certas condições.
Eu tenho a impressão, e em dados momentos tudo se resume a isso, que algumas pessoas estão mesmo comprometidas com o bem estar da nação, mas se alguma delas, por exemplo, caminhar sobre o rio Tietê, a imprensa vai dizer que não sabe nadar.
Num dia como hoje, ao ponderar naquele átimo de segundo com absoluta clareza de que a opressão está dando lugar à expansão, quando soa incontestável que às vezes a luz mais brilhante vem dos lugares mais escuros, também me assombra a noção de que a base de sustentação da liberdade e da prosperidade naquilo que ainda conhecemos por civilização não deixa de ser tênue, misterioso, quiçá fácil de pulverizar e muito difícil de restabelecer.
Clichês, infelizmente, tem respaldo no horizonte.
Bem, estamos parindo, e como já foi verbalizado, nunca houve uma mulher que se queixou da calmaria entre as contrações. Então respiro o possível e tento acalmar as apreensões, sempre o futuro, pfiuu, afinal, esse barco já partiu.
(Foto: cercanias de Alter do Chão, por Carolina Nobis)