AS APARÊNCIAS SÃO SEMPRE ILUSÓRIAS
Foi muito feliz o autor do livro O Pequeno Príncipe quando numa das mais brilhantes passagens deste belo livro assim escreveu: “O essencial é invisível aos olhos”. Não é necessário nem ser um grande estudioso ou psicólogo, filósofo para saber que isto é uma verdade incontestável. Pois, principalmente no mundo hodierno, onde as pessoas são vítimas deste massacre de propaganda, transformando- as em fanáticas consumistas. A beleza externa ou aquilo que brilha ofusca, chama a atenção de qualquer ser humano. Na realidade, o que importa para a formação moral ou religiosa em uma pessoa não exige nada disto, ou seja, de aparatos materiais. Pois sabemos muito bem que o vale mesmo é o que habita o âmago de cada um, através dos pensamentos refletidos nas respectivas atitudes sadias. Mesmo assim, fica cada vez mais difícil depararmos com pessoas que valorizam às outras pelo que estas são verdadeiramente e não simplesmente o que o exterior representa, mostra, exibe.
Ainda sobre este tema, vale ressaltar que a frase do renomado Antoine de Sainte Exupèry extrapola o âmbito do ser humano, pois também está relacionado às coisas, por exemplo, no mundo vegetal. Quantas vezes observamos uma frondosa árvore ou então nos aproximamos e sentamos sob a mesma nos deliciando com a sua gostosa sombra ou até saboreando algum dos seus frutos, como manga, caju etc. E em momentos assim quase ninguém imagina o que fez ou faz uma grande árvores como aquela produzir frutos tão maravilhosos como aqueles sem pensar que tudo aquilo provém das suas raízes que, obviamente, nunca estão visíveis. A essência daquela árvore é comparável à do ser humano, ou seja, está oculta. No seu caso, no interior da terra e no nosso, no íntimo de cada um, diga-se de passagem.