FALANDO EM PROFESSORES

Alfabetizar é maravilhoso. Minha mãe foi professora da zona rural por 25 anos, e a ajudei alguns anos e depois também fui professora por 5 anos em outra escola da zona rural. Tenho dois irmãos e uma filha que aprenderam a ler comigo. Meus alunos eram crianças bem pobres. Então quem leciona na zona rural, tem uma missão muito especial de passar conhecimentos. Na época quase ninguém possuía televisão em casa, e adquirir conhecimentos era um missão, também do próprio professor. Muitos cursos eram ministrar ao professor, pois a escola na zona rural tem um ensinamento também muito particular, mesmo agregando os conhecimentos iguais a outras escolas em seus currículo.

A professora que mais tenho recordações boas é justamente a minha professora de primeira a terceira série, uma professora para três séries, dando aulas sozinha, uma façanha. Eu também dei aulas de primeira a quarta série. Na minha sala de aula havia quatro quadros. Eu usava muitas matérias xerocadas, naquelas máquinas antigas (mimeógrafos) também, de textos de história, geografia, português, que ajudavam muito. Sempre com questionários, que as crianças iam copiando em seus cadernos, e respondendo os questionários, depois era só lermos juntos e corrigir. Então era manejar, enquanto uns copiavam, eu ia explicando ou dando matérias para outros, carimbando os desenhos da cartilha Caminhos Suave e ensinando os pequeninos.

Hoje fico pensando, em como eu conseguia passar tudo, e ainda havia um caderno de cada série, que passava de mão em mão, e se apresentava no final do mês na prefeitura, para comprovar o que foi ensinado. Cada dia uma aluno escrevia neste bendito caderno. Mas ficavam sempre bonitos e caprichados. Pedi exoneração para vir para São Paulo, tentar arrumar emprego melhor, pois ganhava meio salário mínimo, para criar 3 filhos pequenos e separada do esposo que bebia muito.

Ser professor (a), não é só pensar em salário e sobrevivência, é antes de tudo uma missão, de passar conhecimentos, ter empatia, recepção, sem rotulação ou preconceito. Ser professora é para almas nobres. É ter paciências de receber tantas personalidade diferentes, é ter a capacidade de assimilar, lapidar a inteligência e ter tolerância com o diferente.

Ser professor (a) é acolher uma criança, adolescente, adulto, e ensinar a ler, a ter uma profissão, preparar para o futuro. E ser professor(a), não é somente a que ensina a pedagogia, conhecimentos gerais, pode ser qualquer um que está dando um curso, passando conhecimentos, lapidando inteligências, capacidades, habilidades, tanto intelectual como manual. É preparar para a vida, ser cidadão de bem, nesta teia que é a humanidade, onde uns passam a vida ensinando a outros de alguma maneira.

São educadores, pessoas valiosas e gloriosas. Merecendo toda a nossa gratidão. Um professor (a) vai ensinando outro professor (a). que aprende com outro professor (a), gerando assim toda a criatividade e conhecimentos.
FELIZ DIA DO PROFESSOR(A), E MUITAS BENÇÃOS, ONTEM, HOJE E AMANHÃ. APRENDER E ENSINAR É MUITO BOM. O SABER É INFINITO E NUNCA SABEREMOS TUDO. PASSAMOS A VIDA APRENDENDO E EVOLUINDO, POIS O CONHECIMENTO EVOLUI A CADA DIA. É MUITO BOM APRENDER E ATUALIZA-SE SEMPRE, COM NOVAS TÉCNICAS E INOVAÇÕES. É uma responsabilidade muito grande, mas compensadora na realaização pessoal LECIONAR. Aproveito e cumprimento 3 sobrinhas professoras e duas irmãs. E TODOS PROFESSORES DO BRASIL, (pena que professor ganha tão pouCO
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Recanto das Letras <recantodasletras@recantodasletras.com.br>15:20 (há 2 minutos)

28/10/19 15:20 - Jacó Filho

PROFESSOR

Quando acompanhava minha mãe de criação à escola, me sentia
um privilegiado, porque mais de uma vez, no primeiro dia de aula,
ouvi a diretora se dirigindo à classe para desejar um bom ano letivo
 e fazer as recomendações de praxe que terminavam quase sempre
 alertando as crianças que seriam tratadas como filhos, que a escola
era um segundo lar e a professora uma segunda mãe.
Eu tinha uma mãe de verdade, e era criado por uma professora,
desta forma tinha duas mães. Até o final da década de setenta,
ser professor no Brasil, era sinônimo de dedicação e até de status
                                    social.
Em 1975, certo dia, fui a uma agência de um banco de uma cidade
do interior de Rondônia e havia um senhor fazendo o cadastro para
obter um empréstimo e quando o gerente lhe perguntou qual sua
 profissão, ele respondeu com a maior naturalidade:
                   marido de professora.
Eu achei a cena engraçada, mas por preconceito, pelo fato do
elemento ser sustentado pela esposa.
Durante a década de oitenta e os primeiros anos de noventa,
os professores perderam o incentivo para continuarem sua missão,
 mesmo nas escolas particulares com algumas exceções, faltam-lhes
 estrutura de vida e trabalho, tornando-os vítimas da própria vocação.
 Por tudo isso, o mestre que foi no passado um segundo pai ou uma
 segunda mãe, é hoje, mais um profissional desamparado a quem
            entregamos nossos filhos para a complexa missão
                                de educa-los.
(Reedição)
Parabéns! E que Deus nos abençoe e nos ilumine... Sempre...



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Norma Aparecida Silveira Moraes
Enviado por Norma Aparecida Silveira Moraes em 14/10/2019
Reeditado em 28/10/2019
Código do texto: T6769463
Classificação de conteúdo: seguro
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