Uma história de anjo?
Meu cunhado Luis é um filho de japoneses, com uma história de vida comum a muitos deles, do nascimento na roça, da pobreza, da família grande, do trabalho desde criança e de superação.
Ele é o filho mais velho, em japonês, o chionan, que na cultura tem sempre a prioridade na família, pois será o responsável por liderar e sustentar os demais quando os pais não puderem. Por isso, pôde estudar e foi o primeiro a vir para São Paulo tentar trabalho.
Ele conta que trabalhou primeiro de verdureiro, depois num banco. O salário era muito baixo, os seis irmãos precisavam de ajuda, bateu o desespero. Um dia, estava sentado numa praça, pensava nos problemas, a tristeza era tanta que nem com a garoa começando ele se animava de levantar. Foi quando um cara chegou, sentou-se ao lado e quis saber o que acontecia. Tem horas na vida que é preciso falar, Luis contou sua história ao estranho.
Ele ouviu tudo e perguntou por que ele não fazia um concurso, já que japonês é bom em estudar. Meu cunhado não sabia como funcionava isso, o cara explicou e só depois foi embora. E tudo isso na chuva. Luis nunca soube sequer o nome dele.
Depois disso, meu cunhado acreditou na dica, estudou, entrou no Banespa, fez sua carreira, ajudou primeiro os irmãos, depois, além deles, a sua própria família, construiu em vários anos uma boa vida. Essa história é verdadeira, conforme ele me contou, aconteceu há mais de 50 anos.
Sou agnóstico, não creio em religião alguma, sobre as questões espirituais tenho apenas dúvidas. Mas um desconhecido parar para falar com um estranho no meio da chuva e propor algo que, para aquela pessoa, era exatamente o que precisava ouvir naquele momento da vida me faz crer que exista algo maior. Sorte? Acaso? Anjos? Deus? Juro que não sei. O que sei é me faz muito bem pensar que coisas boas assim possam acontecer na vida real.
Meu cunhado Luis é um filho de japoneses, com uma história de vida comum a muitos deles, do nascimento na roça, da pobreza, da família grande, do trabalho desde criança e de superação.
Ele é o filho mais velho, em japonês, o chionan, que na cultura tem sempre a prioridade na família, pois será o responsável por liderar e sustentar os demais quando os pais não puderem. Por isso, pôde estudar e foi o primeiro a vir para São Paulo tentar trabalho.
Ele conta que trabalhou primeiro de verdureiro, depois num banco. O salário era muito baixo, os seis irmãos precisavam de ajuda, bateu o desespero. Um dia, estava sentado numa praça, pensava nos problemas, a tristeza era tanta que nem com a garoa começando ele se animava de levantar. Foi quando um cara chegou, sentou-se ao lado e quis saber o que acontecia. Tem horas na vida que é preciso falar, Luis contou sua história ao estranho.
Ele ouviu tudo e perguntou por que ele não fazia um concurso, já que japonês é bom em estudar. Meu cunhado não sabia como funcionava isso, o cara explicou e só depois foi embora. E tudo isso na chuva. Luis nunca soube sequer o nome dele.
Depois disso, meu cunhado acreditou na dica, estudou, entrou no Banespa, fez sua carreira, ajudou primeiro os irmãos, depois, além deles, a sua própria família, construiu em vários anos uma boa vida. Essa história é verdadeira, conforme ele me contou, aconteceu há mais de 50 anos.
Sou agnóstico, não creio em religião alguma, sobre as questões espirituais tenho apenas dúvidas. Mas um desconhecido parar para falar com um estranho no meio da chuva e propor algo que, para aquela pessoa, era exatamente o que precisava ouvir naquele momento da vida me faz crer que exista algo maior. Sorte? Acaso? Anjos? Deus? Juro que não sei. O que sei é me faz muito bem pensar que coisas boas assim possam acontecer na vida real.