O PAPA, OS PAPAS NÃO SÃO COMUNISTAS.

“09/10/2019 16:49 - Ana Bailune

Olá, Celso. Para mim, o novo Papa é uma incógnita. Às vezes penso que ele fala através de um viés comunista...”

Ana, minha querida, tenho que essa interpretação é equivocada, expresso com o permanente e integral, senão gigante respeito que tenho por você, de sua pessoa conhecida. E o faço pela especial admiração que guardo em meu interior de seu privilegiado perfil de pessoa e educadora.

Como usar o Papa a retórica comunista que martirizou religiosos beatificados, como aduzi e indiquei parte dessa patologia ideológica, martírio e beatificação, em crônica, ou dizimar pessoas comuns, incontáveis, pelo simples fato de não se irmanarem com o pesadelo comunista, próprio dos que se afundam nas sombras do obscurantismo?

Isto como se realiza e ainda se vê, felizmente em poucos locais, embora com intensidade vizinha dos violentos, mas submergida nos escombros da ausência de mínima luz.

Essa ocorrência ainda hoje da perseguição, não teve azo somente e exclusivamente por artigos de fé religiosa como histórico, historiografia, mas contra cidadãos comuns não alinhados com religião, porém posicionados contra a danosa sanha que assolou o mundo pela outra crença, a que cometeu inúmeros genocídios, aprisiona e aprisionou a vontade de forma irada, segregou a manifestação livre, nunca escondido o propósito – no Brasil mesmo tentado com “Constituinte específica”, que combati – liberdade de expressão que é arcabouço universal da escolha do pensamento livre, sinalizado pelo Cristo, O Filho de Deus iluminado pelo Espírito Santo.

O Papa da Igreja Universal, o Vigário de Roma, a Terra da Fé, seria então a negação de tudo que se colocou como razoável nas criações do pensamento no Planeta Terra. Pensamento que instaurou a civilidade e marca todas as grandes convenções humanas que sufragam a liberdade.

Estaríamos então todos inebriados por uma das maiores mentiras?

A de que o líder espiritual mundial, assim se entende pelo genuflexo em que se põem todos os Chefes Civis diante de sua envergadura espiritual pacificadora, CONSELHEIRA, serena, transcendente e visível, seria o anjo caído?

O mesmo anjo que incendeia a praga que ao lado de outras incendiou o mundo dos ismos, comunismo, nazismo, e fascismo? Este último tão alardeado e pregado por bocas desavisadas do que seja sua origem e seu espectro vindo da Itália, o mesmo “fascio” que confunde cabeças pequenas que nada aprendem?

O “fascismo” italiano, o “feixe de varas”, embaralha quem não distingue liberalismo de autoritarismo.Nós mesmos somos e fomos assim rotulados por pretendermos expurgar a corrupção e os “fóruns traiçoeiros”, afastando na urna os “perigosos”. Eu e você, juntos à maioria.

Estas crônicas que escrevi esses dias com citações do Papa Francisco, deixam claro sua jornada.

Ser a favor dos pobres, contra as demasias do capital, dos luxos indevidos, da ostentação superficial, da idolatria dos bens não é ser comunista. Desafio alguém a mostrar a pregação da dissolução da família, dos valores da probidade, nas falas papais. Em suas dicções.

Ser simples, não usar as insígnias de ouro, os famosos sapatos vermelhos, chamados de múleo, mostram sua simplicidade antes de fazê-lo um comunista ou abraçar a repugnante ideia.

Vejo que pouca gente sabe realmente o que seja comunismo, tenho visto, uma utopia fantástica se possível fosse, pois o homem nasce desigual, totalmente desigual em tudo, como natural, e não há como ter uma sociedade de classes iguais e sem governo por existir perfeita harmonização social, como preconiza o comunismo. Se nem o mínimo se consegue, em harmonia social, imagina tal surrealismo.

Comunismo, a válvula hipócrita e maldita para as ditaduras, abrindo a porta da usurpação e martírio para os subjugados. Só nega a história quem não sabe ler, e se lê não entende. Evidente Ana que isso não é seu perfil sagaz e criativo, pessoa de sensibilidade extrema, faço mera explanação do que entendo.

O Papa, os Papas, nunca teriam possibilidade de serem comunistas.