Camões, Chico Buarque e Bolsonaro
Como foi divulgado, o compositor, cantor, dramaturgo, poeta, romancista e grande Combatente da Liberdade, Chico Buarque de Holanda, foi o ganhador do Prêmio Camões, edição de 2019, a maior honraria da Língua Portuguesa. Ganhou por unanimidade.
Esse prêmio, além de um valor em dinheiro, confere um diploma que, pelas normas, deve ser assinado pelos presidentes de Portugal e do Brasil. O presidente de Portugal prontamente assinou as três vias do diploma e enviou para a assinatura do presidente do Brasil, mas este estaria protelando a assinatura, inclusive teria feito uma menção infeliz afirmando que teria até o ano de 2026 para assinar(já conta com a reeleição). Desnecessário será dizer que se trata de algo mesquinho, picuinha, despeito, coisinha miúda e indigna por parte de uma autoridade. Na verdade, na minha opinião,esse detalhe não acrescenta nada ao prêmio e nem ao artista. Vasmos ser francos: quem faz elogio ao coronel Ustra não pode gostar de Chico Buarque.
Achei arretada a reação do compositor quando a imprensa comentou esse fato. Ele no seu perfil do Instagram mandou ver:
"A não assinatura do Bolsonaro no diploma é para mim um segundo Prêmio Camões".
Bingo. O compositor está certo. Certíssimo. Inté.