LGPD - A nova dona do pedaço
Ela mal saiu das fraldas e já está tirando o sono de muita gente grande. Em agosto de 2020, daqui um ano, como as crianças de hoje ela vai mandar, e não pedir. Seu nome de batismo é Lei Geral de Proteção de Dados, mas atende pelo apelido de LGPD.
A LGPD entrará em vigor em agosto de 2020 nasceu com a missão de proteger nossos dados pessoais. As pinças da tecnologia em todo canto estão coletando nossos dados e espalhando-os como noticia ruim. Hoje eles passam pelas mãos de qualquer um sem que nos deem satisfação de qual fim receberão. Só Deus sabe o que fazem com nosso perfil no Facebook, CPF, telefone, endereço, idade e por aí vai.
Há quem não dê muita importância para isso. Entretanto Donald Trump e os apoiadores do Brexit não pensavam assim. Eles entre outros espertalhões contrataram a empresa Cambridge Analytica para seus interesses nas urnas. A empresa faliu depois que descobriram que suas garras como anzóis pescaram na internet os dados de muita gente como a gente para dar uma mãozinha aos interesses seus clientes. Depois da descoberta quase todo o mundo começou uma saga de se preparar para proteger os dados pessoais de seus cidadãos.
Por conta disso se alardeia que a LGPD é uma das leis que mais vai mexer com as empresas públicas e privadas da nossa pátria amada Brasil. Todo gestor tupiniquim que tem juízo já está começando a maratona de ajuntar advogados, equipe de TI, compradores, vendedores, parceiros externos e muita gente para escapar da mira da LGPD, e se for inteligente, de quebra vai aproveitar oportunidades que certamente surgirão para crescerem na moral de seus clientes e do mercado.
Hoje fiz uma busca no google por “LGPD” e recebi 634 mil resultados. A musa que inspirou a LGPD é européia e chama-se GDPR. Uma busca no google por “GDPR” retornou 471 milhões de resultados, que é 31 vezes maior que os resultados pela pesquisa por “a dona do pedaço” que resulta hoje modestos 15 milhões de links. Pelo jeito, a LGPD promete.