PAPA FRANCISCO; CARIDADE NÃO PRECISA DE IDEOLOGIA.

Papa Francisco, alocução na Oração do Regina Coeli na Praça São Pedro diante de fiéis e peregrinos de todas as partes do mundo. V Domingo de Páscoa (29/4).

O Pontífice recordou: “o dinamismo da caridade do crente não é resultado de estratégias, não nasce de solicitações externas, de INSTÂNCIAS SOCIAIS OU IDEOLÓGICAS, mas do encontro com Jesus e do permanecer em Jesus.” Caixa alta nossa.

O Papa observa:

“Um dos frutos mais maduros que brota da comunhão com Cristo é, de fato – acrescentou o Papa -, o compromisso de caridade para com o próximo, amando os irmãos com abnegação de si mesmo, até as últimas consequências, como Jesus nos amou”.

E o Papa recordou os santos: “Isto é o que os santos fizeram, aqueles que viveram em plenitude a vida cristã e o testemunho da caridade, porque foram verdadeiros ramos da videira do Senhor. "

Vatican News

Papa Francisco alerta sobre ideologias que buscam alienar pessoas.

Francisco criticou os sistemas políticos e sociais que dão prioridade a ideologias acima do bem-estar do povo.

Em 2 jun 2019.

Papa Francisco: "reaparecem novas ideologias que, de forma sutil, buscam se impor e desarraigar nossos povos das suas mais ricas tradições culturais e religiosas" (Yara Nardi/Reuters)

O papa Francisco alertou neste domingo que atualmente existe uma colonização ideológica que procura desarraigar e alienar as pessoas como no passado, durante a beatificação de sete bispos greco-latinos torturados pelos comunistas na Romênia.

Em seu último dia no país balcânico, o pontífice visitou a cidade de Blaj, sede da Igreja Greco-Católica, para declarar como beatos estes bispos que, assim como muitos outros, foram perseguidos, confinados e torturados até a morte após a Segunda Guerra Mundial.

Oberta Barbi – Cidade do Vaticano

No domingo, 2 de junho, o Papa Francisco beatificará no Campo da Liberdade, em Blaj, durante a Divina Liturgia, os bispos greco-católicos mártires: Vasile Aftenie (1899-1950), bispo titular de Ulpiana e bispo auxiliar da Arquieparquia de Alba Iulia e Valeriu Traian Fren (1875-1952), bispo de Oradea; Ioan Suciu (1907-1953), administrador apostólico da Arquieparquia de Alba Iulia e Tit Liviu Chinezu (1904-1955) bispo auxiliar da Arquieparquia de Alba Iulia e ; Ioan Blan (1880-1959), bispo de Lugoj; Alexandru Rosu (1884-1963), bispo de Maramure e Iuliu Hossu (1885-1970), bispo de Cluj Gherla.

O Prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, cardeal Angelo Becciu, falou ao Vatican News sobre o contexto histórico dos martírios e do modelo que estes mártires representam para a Igreja.

“Os novos beatos sofreram e deram suas vidas, opondo-se a um sistema ideológico que rejeitava a liberdade e restringia os direitos fundamentais das pessoas”, lembrou o papa após a beatificação, diante de milhares de fiéis que compareceram à cerimônia.

Francisco criticou os sistemas políticos e sociais que dão prioridade aos “interesses particulares, rótulos, teorias, abstrações e ideologias” acima do bem-estar do povo.

Além disso, o pontífice fez uma advertência sobre o presente:

“Colonizações ideológicas que desprestigiam o valor das pessoas, da vida, do casamento e da família e fazem mal com propostas alienantes, tão ateias como no passado, especialmente a nossos jovens, deixando-os desprovidos de raízes para crescer”, alertou.

A cerimônia aconteceu no “Campo da Liberdade” de Blaj, onde em 1948 o governo comunista romeno exigiu que os fiéis e o clero greco-latino abandonassem a fé católica e se unissem à Igreja Ortodoxa, o que derivou em anos de perseguição.

Francisco lembrou que a cidade, na Transilvânia, “conhece bem o sofrimento do povo quando o peso da ideologia ou de um regime é mais forte que a vida e se antepõe como norma à própria vida e à fé das pessoas”.

Ao final um dos prelados do Vaticano, O Prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, cardeal Angelo Becciu, falou ao Vatican News sobre o contexto histórico dos martírios e do modelo que estes mártires representam para a Igreja.

Eminência, falamos várias vezes sobre mártires, figuras que iluminam o caminho da nossa Igreja. Mas os sete bispos romenos, que serão beatificados pelo Papa Francisco durante sua Viagem Apostólica à Romênia, de alguma forma são diferentes. A perseguição que sofreram foi diferente: além do ódio à fé católica, havia mais um elemento: o ódio pela comunhão com a Sé de Pedro ...

R. - Devemos colocar no contexto histórico, isto é, no período em que essas perseguições ocorreram. Recordemos que a Romênia estava nas mãos de um governo comunista, "telecomandado" por Moscou, por Stalin, que havia declarado a perseguição, havia declarado guerra aos cristãos e, sobretudo, contra os católicos. Por que especialmente aos católicos? Porque os católicos estavam ligados ao Papa e o Papa era visto como um representante do imperialismo, como uma potência estrangeira que estava se intrometendo nos assuntos da nação. Era importante para eles cortar essa ligação com Roma. Esses bispos não quiseram aceitar tal disposição e permaneceram fidelíssimos a Roma. Diante dessa resistência, o governo suprimiu igrejas, mosteiros ... Foi uma verdadeira perseguição.

Assim, esses sete bispos da Igreja Greco-católica romena eram Beatos, mas sabemos que mais de dois milhões foram os perseguidos pelo regime, por motivos religiosos. E entre eles também alguns mártires já beatificados, pertencentes à Igreja latina ...

R. - O marxismo, o comunismo, respondia ao postulado de Marx, a saber, que a religião é o ópio do povo; a religião impedia o desenvolvimento do homem, da sociedade, impedia a criação do "novo homem", como o chamavam naqueles dias. Assim, se havia um inimigo a ser erradicado, este era precisamente constituído pelos crentes, especialmente católicos, porque antes de tudo eram um número bastante elevado, mas depois, eram unidos e leais à Igreja de Roma, eram fiéis ao Papa. Assim, foram milhões - a Romênia foi o país em que se manifestou uma terrível perseguição e com tantas vítimas - os greco-católicos são os católicos de rito oriental, porém ligados a Roma, em comunhão com Roma.

Na viagem precedente de um Pontífice à Romênia - falo de João Paulo II que lá esteve em maio de 1999 - o Santo Padre recordou o sacrifício de sangue desses sete bispos, definindo-os como "semente de novos cristãos". Passaram-se vinte anos desde então: na sua opinião, essa semente deu seus frutos?

30/05/2019

R. - Sim, o Papa desta maneira recordava uma expressão de Tertuliano, ou seja, falamos sobre os primeiros séculos da Igreja. Quando as perseguições começaram, ele constatou que a morte e o martírio dos cristãos tornava-se fermento, era semente de novas conversões. É verdade, porque com a queda do Muro de Berlim, esses países - incluindo a Romênia - conquistaram a liberdade e as igrejas se encheram. Eu estive na Romênia - era minha primeira viagem a este país - para a beatificação de uma jovem assassinada, porque era fiel à castidade, à pureza. Eu vi as igrejas cheias; vi um proliferar de igrejas! Seminários cheios! Havia o estudantado internacional dos Franciscanos, cheio de seminaristas... Uma Igreja que parecia destinada à extinção e em vez disso reconquistou sua liberdade, manifestou toda a sua beleza e toda a sua vitalidade.

Entre os novos beatos, destaca-se a figura de Iluiu Hossu, criado cardeal “in pectore” em 1969 por Paulo VI, também para tirá-lo do país e da situação de prisão em que se encontrava. Como um verdadeiro pastor, porém, ele decidiu permanecer em sua terra. No fundo não deixa de ser um gesto heroico....”

É PRECISO DISTINGUIR QUEM É O PAPA ATUAL.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 08/10/2019
Reeditado em 08/10/2019
Código do texto: T6764502
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