Mandado para o Continente

O convívio nem sempre é fácil, quantas vezes temos que repartir, espaço e tempo, com quem não o faríamos se dependesse tão somente da nossa vontade.

Eu, como amante do cinema, e da tela pequena, como contingência, estou sempre atento aos protagonistas, e figurantes, das séries que mais assisto, de repente, do nada, aquela menina, belíssima, que enfeitava um seriado, da minha preferência, desaparecia, sem que eu pudesse ter notícias dela.

Um seriado, em particular, descobriu a fórmula secreta das desaparições, sem traumas, sem rompimentos e, sobretudo, sem matar o personagem, uma receita mórbida, que se repete em outros seriados sem a mesma criatividade. Não existem grandes mistérios, malabarismos ou artifícios para o desaparecimento de um elemento do elenco... a série se desenvolve numa ilha do Pacífico e o figurante, para o qual não tem mais lugar no roteiro é mandado para o Continente; simples, não é?

Será que na prática essa estratégia não daria resultados positivos? Eu me mudando para o Havaí, convivendo com as mulheres maravilhosas daquela ilha, e, em caso de desentendimentos com alguém, bastaria mandar aquela pessoa para o Continente.

Tudo sem violência, sem embates, sem discussões, traumas, ou sequelas, tenho pensado com muita insistência em ir para o Havaí, não sei se eu resolveria todos os meus problemas, no seriado essa estratégia deu certo

Roberto Chaim
Enviado por Roberto Chaim em 07/10/2019
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