SE A VOZ DO POVO É A VOZ DE DEUS,
EU SOU ATEU
EU SOU ATEU
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Inspirado no texto: A voz do povo, é a voz de DEUS (T6759018)
De: Alex Leonardo da Silva
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O povo, muitas vezes, erra e, quieto, se autocrucifica. Inseguro, ou para desobrigar-se, busca a conivência de uma divindade para diminuir a sua culpa. Referindo-me, politicamente, a esse tipo de comportamento, boa parte dos brasileiros, em decisões significativas para o destino do seu país, não raramente, tem se revelado capaz de optar: pelo pior dos caminhos; por aquilo que existe de mais pecaminoso na face da Terra; pela insensatez; pela indiferença; pela inconsequência do seu egoísmo, comodismo e conformismo ("Se EU não sou judeu, nem cigano, nem comunista, fico do lado de Hitler e serei salvo"). E, ao optar pela irresponsabilidade, pra não ser culpado sozinho, diz estar atuando conforme os desígnios de Deus. Diz isso simplesmente porque se sente povo, persuadido pela falácia: "A voz do povo é a voz de Deus".
E é exatamente nessa coisa falsa, na vulnerabilidade dos desinformados, na subserviência e na indiferença que os oportunistas, os mais espertos, os mais perversos, se apegam para tomar o poder e submeter toda uma nação aos seus ditames. O "deus" que esse lado usou, para convencer os incautos e assumir o poder sobre eles, transfigura-se - logo, logo - num "deus" vingativo e destruidor de tudo o que obstrui seus interesses, inclusive a verdade. Um "deus" que, permanentemente, estará a serviço da simulação, da anticivilização, do racismo, da ira, da intolerância, do mandonismo e, essencialmente, do fanatismo. Um deus "quebra-pedras". Um "deus" para o qual gente e gado não são diferentes: "tange, ferra, engorda e mata". Um deus para o qual "a solução para os problemas sociais em qualquer parte do mundo é o extermínio dos mais fracos, sendo suficiente a liberação do uso de armas para os que podem e querem adquiri-las (e usá-las)". Um "deus" que autoriza os malfeitores a dizer que "a democracia é um empecilho para a implantação dos seus planos"... Esse autoritarismo, em nome de um "deus" ideológico e assassino, tem cheiro, cor e forma de neonazismo. Ainda hoje, por indução, é possível encontrar grande número de fanáticos que negam as, já devidamente comprovadas, atrocidades nazistas, que ceifaram millhares de vidas durante a Segunda Guerra Mundial. Esse "deus" é forte com seus pendores demoníacos. Esse "deus" continua adorado nos altares moralistas de pregadores que, pela "palavra", subjugam os seus fiéis e ingênuos seguidores. Um certo "deus", não ou mal amado, circunstancialmente inventado, falsa e fanaticamente adorado e apregado nas camisetas e nas bandeiras eleitoreiras dos mais astutos. Se esse tipo de "deus", acobertador da maldade, da infidelidade, da corrupção, da exploração e extermínio dos mais humildes (...) for único e por acaso existe, asseguro que todos os cidadãos de bem, honestos, humanos, prudentes, ajuizados, ponderados (...), a essa altura, já se tornaram ateus. Esse "deus" falso, que ungiu e elegeu - só pra citar esses dois exemplos - um deputado federal (ex-presidente da Câmara), preso por envolvimento em altas transações espúrias a nível internacional, e uma família de boçais vinculada a grupos de extermínio milicianos do RJ, nunca foi (nem nunca será) o meu Deus.
O brasileiro quis votar no antissistema (imitando a luta de Jesus), mas as redes sociais o obrigaram a escolher, erradamente, nos escombros do mais antiquado dos sistemas, um horrendo miliciano (Barrabás)... Quis votar no antipetismo, mas escolheu, preconceituosamente, o antipRetismo... Quis gritar "Pátria amada", mas escolheu, friamente, a "Pátria aRmada"... Quis dizer "Deus acima de todos", mas terminou assistindo, envergonhadamente, "joão-de-deus em cima de todas".
Acorda, povo brasileiro, e ama, e respeita, e segue o Deus que está no teu coração, que não se aproveita de ti para fazer a humanidade regredir, tampouco te envolve na adulteração de princípios morais, democráticos e religiosos, o teu Deus verdadeiro.