A descoberta

“Jacinta”

Ficou com aquilo na cabeça, mas não perguntou a ninguém, já estava no grupo, não quis perguntar o porquê do nome.

Meses mais tarde, por acaso, ficou sabendo o significado e sua conotação sexual. Riu copiosamente. Lembrou que chegou a falar com grande ênfase de que era uma Jacinta. Voltou para casa ainda pensando:

- Será que foi por isso que?...

O telefone tocou.

- Sim?

- Será que posso ir aí? Quero te ver.

- Um minuto.

Olhou-se no espelho, já tinha 45 anos, mas estava em boa forma física. No rosto, leves expressões das experiências vividas. “Que importa?”, pensou. “Sou uma Jacinta.”

- Tô te esperando. Não demore!

Zilmara Sooares
Enviado por Zilmara Sooares em 06/10/2019
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