Paz e guerra – duas faces da mesma moeda

Na observação ao mundo não é raro nos depararmos com violência e até morte de pessoas perto de nós. Já foi mais comum em outras épocas, todavia ainda acontece de nações viverem em guerra por desentendimentos políticos, econômicos, étnicos e culturais. Pode ser que dirigentes de um dado país não estendam a mão ao outro presidente de nação. E apenas um gesto tão simples poder originar uma guerra civil entre continentes. Em outras ocasiões já ouvimos falar de pessoas de uma origem racial se considerarem superioras a outras e isso causar um extermínio em massa. De outro lado ficamos estarrecidos com façanhas tão avassaladoras e até nos perguntamos se aqueles são humanos mesmo ou se há um chip do mal instalado na cabeça desses que se dizem líderes de um povo. E pode parecer absurdo, mas há críticos que discursam em favor desses que enfatizam produzir paz com guerra. Que conceito é esse em que se busca uma paz banhada em sangue?

Sem medo de errar sabemos que o ego e o superego habitam e tomam posse negativa de alguns. Esses demonstram ser impermeáveis a tudo. Vivem e convivem na crença de que sempre são senhores da razão. Não cogitam estarem errados por um só momento. Estão continuamente desejando “dar as cartas”. E basta um só ato de alguém para que se coloquem como inimigos. Levantam sua espada e seu escudo da falsa superioridade para desmerecerem o outro. E aí está o estopim para as guerras, para as maldades. Temos acompanhado em contrapartida pessoas que até sofrem caladas, que por motivos diversos não sabem nem dizer quais são as raízes de suas dores, pois são seres humanos, por vezes, com corações limpos, almas benignas que não têm a mínima coragem de pensar o mal a aquele que sempre lhes tem como uma pedra no caminho. E então nos deparamos com pessoas indo embora cedo demais; mulheres que vivem em tristeza profunda, crianças e adolescentes que estão alienados por não saberem e não sentirem qual é o seu objetivo nesse mundo.

Igualmente nos falta um valor caro e raro para podermos resplandecer, transcender perante as maldades absurdas – o valor do perdão. O autoperdão, o perdão a aqueles que não sabem o que fazem contra nós; o perdão que leva a superação e a mudança de postura positiva perante a toda enfermidade, a todo ser que na ânsia de ser grande acaba por ser o menor de todos. Perdoar é se amar duas vezes. Etimologicamente, a palavra "perdão" vem do latim perdonare que significa a ação de perdoar, ou seja, aceitar ou pedir desculpas; se redimir em relação a algo de errado. A expressão "pedir perdão" é usada quando alguém reconhece o seu erro e pede desculpas para a pessoa com quem foi injusto. Na Bíblia, a palavra grega traduzida “perdão” quer dizer literalmente “abrir mão, deixar ir embora”. Até o Cristo Jesus em seu leito final disse: “Pai perdoa-lhes! Eles não sabem o que fazem!” O ato de perdoar sem dúvida é o ato que em momentos tão delicados de vida pode nos fazer transcender do mais baixo ao mais alto sentimento de paz interior.

Michael Stephan
Enviado por Michael Stephan em 06/10/2019
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