O TRISTE, LAMENTÁVEL E ABOMINÁVEL PRECONCEITO

Apesar dos comentários e críticas sobre o este triste e horrendo fato que é o preconceito, ele sempre surge, soçobra em todas as camadas da sociedade, em qualquer tempo e em qualquer lugar do Brasil e do mundo, infelizmente. É reprimido com estardalhaço só quando, por exemplo, é flagrado por algum repórter de alguma emissora de televisão, rádio etc. Mas depois tudo volta ao normal, evidentemente e depois quase ninguém se lembra de mais daquele fato, a não ser a vítima que o senti, literalmente, na pele. E no dia a dia das pessoas comuns? Quando não há ninguém filmando, fotografando, gravando? Nestes casos, infelizmente, ninguém pode mesmo fazer nada, apenas destratar ou ignorar a pessoa preconceituosa e deixar pra lá e que Deus puna como merece e no tempo certo.

Este exemplo que passo a narrar, no mínimo, é até corriqueiro. Uma funcionária bem conceituada de uma empresa no centro de São Paulo, após alguns anos de trabalho, foi convidada para um casamento de uma colega. Logo em seguida já deixou o namorado ciente deste compromisso e um dia antes do acontecimento, eis que este casal, esporadicamente, foi apresentado à noiva em questão. Imediatamente, movida por um preconceito que já lhe era peculiar, a moça pediu à colega que fosse ao seu casamento, mas só com a “família”, pois o namorado ainda não fazia parte da mesma. Contudo, esta sugestão repentina e esdrúxula só aconteceu porque ela percebeu que o rapaz era afrodescendente, ou seja, não tinha nada a ver e, portanto, estava demonstrado neste fato, um tremendo racismo por parte daquela noiva. Ao ouvir isto, aquela funcionária fez de conta que não ouviu aquele desplante e no dia do casamento fez questão e comparecer com toda a sua família e, evidentemente, acompanhada do seu namorado que ao chegar ao local da recepção deparou-se com o gerente daquela firma, ou seja, o noivo daquela moça preconceituosa, por sinal, o dito cujo tinha sido seu colega de faculdade e, por motivos alheios a ambos, há muito tempo não se encontravam.

O mais engraçado em tudo isto foi a cara da noiva que teve que engolir toda a sua infantilidade, ou seja, o seu preconceito, racismo e ficou toda a festa, pois não tinha como sair à francesa daquele recinto. O que aconteceu depois entre aquele casal não interessa a ninguém e nem vem ao caso. Se ele descobriu depois o motivo de alguma chateação da nubente, no mínimo, deve ter principiado a primeira briguinha do jovem casal.

JOBOSCAN
Enviado por JOBOSCAN em 05/10/2019
Código do texto: T6761988
Classificação de conteúdo: seguro