Sopinha de música
Não, não vou focar na novela do STF e nem nos bolos de Maria da Paz, nem do exagero de precaução das pessoas, muito menos dos que defendem o indefensável (mesmo sabendo que estão errados), vou apenas tentar escrever uma sopinha de música mesmo sabendo que é assunto que não agrada à moda, o modismo, a pauta do momento.
Vejam bem, sou fã de várias cantoras. Gal, Bethânia. Simone, Nana Caymmi, Nara Leãao, Elis Regina, Beth Carvalho (também sou Botagogo), Dalva de Oliveira, Teresa Cristina, A Divina Elisete, Marisa Monte, Marina Lima. Maria Creusa... Mas há uma cantora que quando ouço suas músicas fico de bom humor, retempero minhas forças, bate o alto astral. Essa cantora fpoi e continua sendo CLARA NUNES. Mas até estou evitando ouvi-la porque me emociono demais. Quando ouvi pela primeira vez uma música cantada porela? Foi, não riam, nua Exposição de Animais (o banco colocava no recinto um posto, e num momento de folga fiquei numa barraca e ouvi no Serviço de Alto Falantes do Parque uma música que chamou minha atenção. Era "Tristeza e Pé do Chão": "Dei um aperto de saudade no meu tamborim/ molhei o pano da cuíca comas minhas lágrimas/ Dei um tempo de espera/ para a marcação e cantei/ a minha vida na avenida sem empolgação...". Foi paixão na hora que nem caldo de cana pela cantora.
Sofri muito com a morte precoce dela. Quando toca no rádio a música que o marido dela, Paulo César Pinheiro e João Nogueira, fizeram em sua homenagem, "Um Ser de Luz", sempre na voz da Marrom (Alcione, uma grande cantora) meus olhos marejam, eu choro mesmo quando ouço os primeiros versos: "Um dia/ um sr de luz nasceu/ numa cidade do interior/ E o Menino Deus lhe abençoou/ De manto branco ao se batizar/ dse transformou num sabiá./ Dona dos veros de um trovador/ E rainha do lugar...".
Fico por aqui lembrando de Clara Nunes. Uma rainha. Inté.