De todos os viventes, o perfeccionista é o que mais sofre. Imagine só o perfeccionista na AUTO-ANÁLISE ? Seria perverso na AVALIAÇÃO de si mesmo. E quem não o é quando a AUTOESTIMA anda escondida debaixo da mesa de jantar, esperando as migalhas do banquete servido para o rei. Seja benevolente consigo mesmo! Parece mote de livro de autoajuda, mas admitamos: nossa consciência inquisidora acaba apagando a beleza do que somos, sem nem chamar a piedade para um duelo. Parece ultrapassado mas é real, se nos fosse pedido para listar as pessoas que amamos, em qual lugar da lista estaríamos? A nossa concepção de AMOR próprio ultrapassada, coloca o vermelho como a cor da paixão inerente, mas pega fogo, é só. E se me perguntassem o que é amor, diria sem medo: É um tempero revelado na doçura e delicadeza de mãos que mexem e se remexem para preparar o que sacia a alma. E se me perguntassem qual sabor teria, diria sem rodeios: É o gosto leve, marcante e sensível cujo toque fino é cheio de identidade, propriedade. E se me perguntassem qual o AROMA que dele exala, responderia sem receio: É a sintética fórmula de um frasco nobre que embora pequeno, deixa resquícios de desejo na mente, ao tomar suavemente as vias respiratórias superiores e se espalhar por todo corpo. É o deslize firme, ponderado da razão (incoerente não?). AVALIAÇÃO, AUTO-ANÁLISE, AUTOESTIMA, AROMA AMOR! Nem Freud explica. Uma chance pra Lacan, “nossas palavras que tropeçam são palavras que confessam...”