Hashtag anula impeachment, com um pedido de desculpas.
Breve retrospectiva desde a saída da Presidenta Dilma Rousseff articulado pelo golpe parlamentar-midiático-jurídico-petrolífero-fundamentalista-fascista-militar, indica que o Brasil entrou em uma vibe negativa. A figura escatológica de Michel Temer abriu caminho para que as criaturas das sombras pisoteassem a tarde inteira sobre os girassóis.
Desde o golpe a sociedade tenta ficar de pé na base da distorção intencional da verdade. As consequências da institucionalização da mentira começam a perseguir seus asseclas. O ex-PGR Rodrigo Janot, em entrevista ao Estadão disse que, em 2017, foi armado para o STF com intenção de assassinar o ministro Gilmar Mendes e depois atentaria contra si próprio: “Ia dar um tiro na cara dele e depois me suicidaria”. Gilmar pediu ao Supremo e conseguiu que Janot mantenha distância dos ministros, e está impedido de entrar na Corte.
Notáveis golpistas como o ex-senador Aloysio Nunes - PSDB - o embaixador do golpe, confessou, em entrevista à Folha, que a Lava Jato manipulou o impeachment de Dilma, disse que a operação vendeu ‘peixe podre’ ao STF. Até Temer já aderiu ao ‘FOI GOLPE’ em recente entrevista ao programa Roda Viva. Todos eles, um a um, tentam limpar uma linha que seja de suas imundas biografias.
Políticos, artistas, jornalistas e celebridades levantam acampamento na tentativa de serem esquecidos, mas não conseguirão apagar os rastros de suas palavras ácidas misturadas ao lixo das panelas e camisetas amarelas. Num voo lancinante sobre suas cabeças, os aviões cuspirão imagens de crianças sorridentes, feias e mortas de mãos estendidas. Por ora estão em fuga para retornarem com outra maquiagem, outro bordão, mas não nos esqueceremos de suas selfies com Aécios e Jucás.
A solução para reconquistarmos a democracia e a nossa soberania, passa pela utópica anulação do impeachment, até mais do que pelo Lula Livre. Voltar ao começo seria a garantia do referendo revogatório aprovado, a volta do emprego, da aposentadoria, da estabilidade econômica, do respeito internacional, dos benefícios do pré-sal, do investimento em educação e saúde, em ciência e tecnologia. Seria a oportunidade de revisar a história e de pedir desculpas à Dilma Rousseff.