Conto urbano de periferia
Na madrugada sempre ouço pisadas bem em frente da minha casa.
Vou até a janela, da brecha eu vejo a viatura. Ainda bem que eles não me ver.
Quem é que vai confiar expor sua face altas horas da madrugada para polícia apagar?
Eu já vejo a maldade só de eles estarem rondando a comunidade nesses horários na busca de não sei nem o que.
Não defendo PM muito menos bandido porque no meio deles sou vitima, e eles caçadores. Mas corro no corre daqueles que fecham comigo.
Mas a polícia não respeita nossas leis invadem a quebrada chegam se achando reis. E na maldade eles levantam seus fuzis querendo derramar sangue enquanto muitos estão a dormir, para acordar cedo e ir atrás do seu ganha pão.
Diferente do que a burguesia pensa e a mídia retrata que nas favelas só tem ladrões muito pelo contrário, também vejo cidadãos, de bem! Que só quer paz, viver em paz e dá uma vida melhor pros seus.
É muito choro, muita guerra. Babilônia pipoca quando o tiroteio começa.
Essa é a realidade de muitas periferias ameaçadas por sua lei que oprime, causa pânico... faz tudo, menos proteger sua sociedade. Eles ainda dizem que são justiça mas nunca fizeram uma de verdade.