Conto urbano de periferia

Na madrugada sempre ouço pisadas bem em frente da minha casa.

Vou até a janela, da brecha eu vejo a viatura. Ainda bem que eles não me ver.

Quem é que vai confiar expor sua face altas horas da madrugada para polícia apagar?

Eu já vejo a maldade só de eles estarem rondando a comunidade nesses horários na busca de não sei nem o que.

Não defendo PM muito menos bandido porque no meio deles sou vitima, e eles caçadores. Mas corro no corre daqueles que fecham comigo.

Mas a polícia não respeita nossas leis invadem a quebrada chegam se achando reis. E na maldade eles levantam seus fuzis querendo derramar sangue enquanto muitos estão a dormir, para acordar cedo e ir atrás do seu ganha pão.

Diferente do que a burguesia pensa e a mídia retrata que nas favelas só tem ladrões muito pelo contrário, também vejo cidadãos, de bem! Que só quer paz, viver em paz e dá uma vida melhor pros seus.

É muito choro, muita guerra. Babilônia pipoca quando o tiroteio começa.

Essa é a realidade de muitas periferias ameaçadas por sua lei que oprime, causa pânico... faz tudo, menos proteger sua sociedade. Eles ainda dizem que são justiça mas nunca fizeram uma de verdade.

Angel Reh
Enviado por Angel Reh em 01/10/2019
Código do texto: T6758650
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