CORREIOS
Todos nós brasileiros sabemos, e depois do discurso do Presidente Bolsonaro na ONU mais de três bilhões de pessoas ao redor do mundo, também sabem que a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos foi uma das muitas vítimas dos roubos perpetrados pelos ptralhas comandados por “aquele que não deve ser nomeado”, não só na empresa mãe, mas também e principalmente no instituto de previdência complementar dos funcionários – Postalis - onde o roubo foi feito como quem se trepa em coqueiro, usando os dois pés e as duas mãos.
Esse desmantelamento provocado pelas tresloucadas decisões dos corruptos incompetentes que foram colocados nos postos chave, além de prejudicar a todos os funcionários, descaracterizou o padrão de serviço para o qual a empresa fora criada e que, noutros tempos era motivo de orgulho para seus antigos servidores que tinham a excelência como alvo e para a população que desfrutava de um bom serviço postal.
Os correios passaram a ser exemplo de morosidade, desleixo e péssimo atendimento quer nas entregas em domicílio ou em seus balcões.
Grande parte das entregas deixaram de ser efetuadas, apesar da empresa deter o monopólio do serviço para todo o Brasil, porque com o incremento das compras via internet, seus entregadores passaram a ser alvo preferencial dos bandidos sem colarinho branco associados a receptadores de cargas roubadas.
Por conta disso várias ruas dos bairros foram aleatoriamente ou não, classificadas como áreas de risco onde o serviço de entrega não funciona de jeito nenhum.
Muitas vezes recebemos aviso de que temos mercadorias a serem retiradas em agências, na maioria das vezes, bem distante de nossas residências e com a falsa informação de que foram efetuadas várias tentativas de entrega.
Raramente eu utilizo os correios, mas há momentos em que não tem outra alternativa devido ao malfadado monopólio.
O caso mais recente e que motivou essa crônica se deu com o envio de um livro para uma amiga aniversariante.
Eu moro em Santo André/SP e ela em Mata/RS.
Postei o livro no dia 09 de setembro e a entrega só ocorreu no dia 23, isto é, 14 dias depois.
Considerando a incapacidade administrativa e operacional dos correios podemos imaginar que o roteiro percorrido pelo pacote com pouco mais de duzentos gramas teve que passar por todos os CEPs entre o 09.131 da origem até o 97.410 do destino para justificar o sem número de ptralhas nomeados naquele mega cabide de emprego.
Sejam bem-vindas privatização e quebra de monopólio para otimização dos serviços pela livre concorrência e, até que isso aconteça, nas próximas vezes que eu quiser presentear alguém, passarei a ficha catalográfica do livro e farei o depósito do valor correspondente na conta bancária do aniversariante para que ele mesmo o compre em sua cidade.