A Cultura e a sua Força
Durante toda a evolução da humanidade, a força da cultura foi protagonista desse fenômeno, demonstrada como atividade humana, mas sempre cultural, de modo a ser tal fenômeno definidor entre os seres vivos: aqueles que não são humanos e os humanos porque realizam cultura, principalmente, em todos os sentidos, para sua sobrevivência. De modo que, constituiu-se, antropologicamente, um paradigma inevitável: ou se faz cultura ou não se sobrevive. Tirando-se daqui outras conclusões definidoras: o humano é o único animal que realiza cultura, de maneira espontânea e criativa, mesmo que, em algumas ocasiões, precise de apoio para isso. Saber quando e onde há carência desse apoio é fruto do discernimento, sabedoria que se adquire ao longo de vivenciadas experiências, cujos sentimentos transformaram a própria cultura, a conduta social, os costumes, os hábitos e a própria arte.
Até os heróis e heroínas que surgiram na História, como protótipos de cidadania e de exemplos na vida cultural, mesmo tendo realizado excepcionais feitos, não aconteceram em feitos sobrenaturais, exceção dada às figuras sagradas ou mitológicas que se distinguiram em contos, como o do cavaleiro que salvou a bela princesa do dragão que cuspia labaredas de fogo, matando-o com um dardo. Esses heróis e heroínas não passaram de personagens também necessárias no âmbito da cultura, fossem cavaleiros, dirigentes políticos, navegadores, astronautas ou apenas carpinteiros, como nos surpreendeu o “filho do carpinteiro” ... Mas, todos passaram por um processo significativo interior de transformação, em si e no seu grupo social. Ninguém pode se dizer ser a cultura e que alguém depende dessa cultura, nós todos somos dependentes da cultura, embora tenhamos sido nós que a criamos, a preservamos e a transformamos.
Mesmo os considerados famosos heróis e heroínas, em toda a literatura universal, se feitos de carne e osso, foram educados e influenciados pela cultura, no espaço em que viveram, fossem um Ulisses (Odisseu) de Homero ou um Ulysses, de James Joyce. Pois, sem alterarem sua “visão de mundo”, conduziram-se dentro da cultura, acreditando nas mais comuns virtudes, nos bons hábitos, alguns imprescindíveis ao fenômeno do heroísmo - a perseverança, a coragem e a resultante do equilíbrio: a prudência. Por isso, os heróis e as heroínas, quando falam, não calam seus próprios sentimentos, seja diretamente ou por metáforas, alguns sentimentos confissões de discretas fraquezas. Quando não agem, falam para que suas palavras, aprendidas nas suas culturas, façam parte do seu heroísmo, da sua exemplaridade. É assim também a cultura, superiora ou igual a qualquer ato de heroísmo, em toda sua força, e que só é assim em relação ao herói porque a ambos lhes é dada a força de uma energia de preservação e, ao mesmo tempo, de transformação. Sem esse movimento dialético, até o herói não herda da cultura do seu grupo (in group) o que acontece relativamente na vida cultural da sociedade como um todo.
Ninguém pode se apoderar da vida cultural que pertence a todos para se afirmar ou tentar o impossível: uma vida cultural individual. Porque a cultura e toda sua força são legitima e substancialmente sociais. É incontrolável o limite da cultura, sobretudo quando se tem a ilusão de isolá-la num indivíduo ou num grupeto de poucos indivíduos para controle, como se estivesse guardando um segredo, a uso próprio, no meio de uma dezena de indivíduos. Enfim, a humanidade não pode ficar socialmente unida ou em paz, sem a força ordenadora da cultura, cuja força une os indivíduos como pessoas, em independência e liberdade, através do direito e da arte. Conscientes disso, não seríamos uma massa, mas uma sociedade sem violência, livre, independente. Nesse contexto, imagine, caro leitor, como é impossível amordaçar a cultura ou cortar as suas asas ...
Durante toda a evolução da humanidade, a força da cultura foi protagonista desse fenômeno, demonstrada como atividade humana, mas sempre cultural, de modo a ser tal fenômeno definidor entre os seres vivos: aqueles que não são humanos e os humanos porque realizam cultura, principalmente, em todos os sentidos, para sua sobrevivência. De modo que, constituiu-se, antropologicamente, um paradigma inevitável: ou se faz cultura ou não se sobrevive. Tirando-se daqui outras conclusões definidoras: o humano é o único animal que realiza cultura, de maneira espontânea e criativa, mesmo que, em algumas ocasiões, precise de apoio para isso. Saber quando e onde há carência desse apoio é fruto do discernimento, sabedoria que se adquire ao longo de vivenciadas experiências, cujos sentimentos transformaram a própria cultura, a conduta social, os costumes, os hábitos e a própria arte.
Até os heróis e heroínas que surgiram na História, como protótipos de cidadania e de exemplos na vida cultural, mesmo tendo realizado excepcionais feitos, não aconteceram em feitos sobrenaturais, exceção dada às figuras sagradas ou mitológicas que se distinguiram em contos, como o do cavaleiro que salvou a bela princesa do dragão que cuspia labaredas de fogo, matando-o com um dardo. Esses heróis e heroínas não passaram de personagens também necessárias no âmbito da cultura, fossem cavaleiros, dirigentes políticos, navegadores, astronautas ou apenas carpinteiros, como nos surpreendeu o “filho do carpinteiro” ... Mas, todos passaram por um processo significativo interior de transformação, em si e no seu grupo social. Ninguém pode se dizer ser a cultura e que alguém depende dessa cultura, nós todos somos dependentes da cultura, embora tenhamos sido nós que a criamos, a preservamos e a transformamos.
Mesmo os considerados famosos heróis e heroínas, em toda a literatura universal, se feitos de carne e osso, foram educados e influenciados pela cultura, no espaço em que viveram, fossem um Ulisses (Odisseu) de Homero ou um Ulysses, de James Joyce. Pois, sem alterarem sua “visão de mundo”, conduziram-se dentro da cultura, acreditando nas mais comuns virtudes, nos bons hábitos, alguns imprescindíveis ao fenômeno do heroísmo - a perseverança, a coragem e a resultante do equilíbrio: a prudência. Por isso, os heróis e as heroínas, quando falam, não calam seus próprios sentimentos, seja diretamente ou por metáforas, alguns sentimentos confissões de discretas fraquezas. Quando não agem, falam para que suas palavras, aprendidas nas suas culturas, façam parte do seu heroísmo, da sua exemplaridade. É assim também a cultura, superiora ou igual a qualquer ato de heroísmo, em toda sua força, e que só é assim em relação ao herói porque a ambos lhes é dada a força de uma energia de preservação e, ao mesmo tempo, de transformação. Sem esse movimento dialético, até o herói não herda da cultura do seu grupo (in group) o que acontece relativamente na vida cultural da sociedade como um todo.
Ninguém pode se apoderar da vida cultural que pertence a todos para se afirmar ou tentar o impossível: uma vida cultural individual. Porque a cultura e toda sua força são legitima e substancialmente sociais. É incontrolável o limite da cultura, sobretudo quando se tem a ilusão de isolá-la num indivíduo ou num grupeto de poucos indivíduos para controle, como se estivesse guardando um segredo, a uso próprio, no meio de uma dezena de indivíduos. Enfim, a humanidade não pode ficar socialmente unida ou em paz, sem a força ordenadora da cultura, cuja força une os indivíduos como pessoas, em independência e liberdade, através do direito e da arte. Conscientes disso, não seríamos uma massa, mas uma sociedade sem violência, livre, independente. Nesse contexto, imagine, caro leitor, como é impossível amordaçar a cultura ou cortar as suas asas ...