Uma janela,
Uma cortina transparente
E ela!
Tão sutil, fugidia,
Mas tão bela,
Cabelos sedosos longos
Soltos sobre os ombros,
Como um manto cobrindo,
O colo dela.
Brisa suave, balança
A cortina singela
Abrindo uma fresta,
Tão pequena,
Deixa à vista o vulto dela!
O poeta apaixonado
Olha insistente
Para ver-lhe o rosto, delicado
Só p'ra sonhar com ela!
Aberta permanece a janela!
De beleza pura e doce,
A donzela
Solta à noite os cabelos,
Sem saber que seu desvelo
Aquece a alma
Do poeta apaixonado,
Que em seu sentir calado
Escreve versos só p’ra ela!
.-.-.-.-.-.-.-
A brisa sopra, abre a cortina
Do quarto dela...
O poeta... o amor... e ela!
Najet Cury, Janeiro de 2015
Editado em set. de 2019