Umbanda: Conhecimento confuso

Zélio Fernandino de Moraes então com dezessete anos de idade sofria de paralisia e os médicos não conseguiam resolver seu mal. Para tentar sanar o problema, o jovem foi levado à Federação Espírita do Estado do Rio de Janeiro. Ali, sua mediunidade foi revelada, entretanto o Caboclo das Sete Encruzilhadas, entidade que incorporou, não teria sido aceita entre os espíritas por ser considerada inferior. A rejeição o levou a fundar em 15 de novembro de 1908 um novo culto, e esse novo movimento o Caboclo denominou de “Umbanda – A manifestação do Espírito para a Caridade.”
Desde então surgiram vários locais, intitulando-se de tenda, terreiro, centro, cabana e casa de caridade, esses e tantos outros nomes que por aí existem. Na pessoa de seus dirigentes, todos convencidos de estar praticando a Umbanda verdadeira, vão a cada instante acrescentando em seus cultos, rituais mirabolantes para impressionar aos assistentes, que na verdade, nada tem a ver com prática espírita inicial.
Noto sim, que em todos esses locais, o que praticam é uma corruptela daquilo que o Caboclo das Sete Encruzilhadas junto com seu médium praticou, determinou e ensinou ao longo de tantos anos.
Na verdade o que a maioria faz nada mais é do que uma mistura com as religiões afras, onde adoram e cultuam orixás que são para eles (os Africanos) elementos da natureza e esses nada tem a ver com a querida Umbanda, que é voltada para a caridade e feita através de seus Caboclos e Preto Velhos.
Não tenho nada contra qualquer desses lugares, porém me sinto na obrigação de alertar a todos os irmãos encarnados, sejam médiuns ou simples assistentes, para os riscos que correm participando desses cultos onde são feitas matanças de animais ou quando não, usam sangue e comidas como oferendas para agradar aqueles espíritos.
Os verdadeiros Caboclos e Pretos Velhos só precisam que seus médiuns estejam com o coração irmanado com a caridade pura, que tenham sempre a boa vontade como lema e que a simplicidade seja o cartão de visita apresentado a todos aqueles que os procuram. Portanto, recomendo muito cuidado, mas muito cuidado mesmo, para não se envolverem inocentemente e acabarem se comprometendo com vibrações que nada tem a ver com a Umbanda, pois a libertação é difícil e traumática.
Cabe aqui um alerta para todos os que se envolvem com o espiritismo e querem realmente prestar a caridade; que deixem definitivamente os nossos mentores espirituais comandarem essa prática. Garanto que os Caboclos e Pretos Velhos, verdadeiras entidades de luz e nossos fiéis amigos, jamais pedirão o sacrifício de algum animal para aumentar sua força espiritual ou farão questão de qualquer tipo de comida e bebida como oferenda para saciar sua fome ou sede. O material por eles usado na ajuda aos nossos irmãos necessitados transcende a esses tão comumente usados nos cultos afros.

26/04/08
Fernando Antonio Pereira
Enviado por Fernando Antonio Pereira em 23/09/2019
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