Eu te respeito

Afinidade. Só para começar com uma palavra doce.

Conversar, na minha humilde concepção, é uma das coisas mais deliciosas que há. O assunto que vem sem forçar, as opiniões que são respeitadas, as palavras ... o nome pronunciado bem no meio ... Dependendo da intenção, a conversa funciona até como preliminar. A afinidade é bonita. E é doce saber que você pode falar tudo com alguém. E, obviamente, dói quando precisamos lidar com pré-conceito partindo de quem nos importa tanto, ou de onde você estava habituado a estar, sem as máscaras sociais.

Uma das coisas que tenho certeza nessa vida, além de que ela acaba, é que o discurso importa. Eu até estudei sobre isso na faculdade mas aprendi mesmo foi vivendo. A entonação, a palavra certa, a intenção, e muitas vezes até, a manipulação. Além do fato de que a interpretação é quase terra de ninguém. Mas sem querer entrar no mérito de análise e discurso de Foucault, ou tudo que li nos meu idos de jornalismo – não que isso seja irrelevante, pelo contrário, mas para tratar com mais leveza – quando falo em discurso, estou necessariamente falando do uso das palavras, e isso vale tanto para falar a todo um país, quanto para conversar com quem você ama.

Particularmente, sou aquela que perde toda a capacidade de argumentação quando a pedra vem de alguém que amo ou acredito. Mas a conversa tem sido coisa rara nesses tempos líquidos. Me apego a isso para cuidar do meu coração por mim mesma e entender que as pedras e as filosofias são atiradas em todas as direções. A verdade de uma frase pode bem camuflar uma ou mais mentiras. Assim como as pedras, vai depender de quem lança.

#TextoDeQuinta

Marília de Dirceu
Enviado por Marília de Dirceu em 19/09/2019
Reeditado em 19/09/2019
Código do texto: T6748884
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2019. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.