QUANDO A DESCONFIANÇA PROVOCA O MEDO NA PRÓPRIA SOMBRA
. O desejo de quase todo mundo que transita pelas e avenidadas das grandes cidades é, sem dúvida, realizar os seus negócios, concretizar os seus objetivos ou passear. E sempre nestes momentos as pessoas trazem o semblante um tanto sisudo, sério, para não dizer, desconfiado de tudo e de todos, com justa razão, diga-se de passagem. Talvez por esta atitude, muitos costumam dizer que as pessoas das cidades grandes são frias. Mas, não é bem assim. Frias não o são e sim, desconfiadas, cismadas, pois como ninguém conhece quase ninguém no centro da cidade, no trânsito, trem, metrô, ônibus etc., é óbvio que cada uma costuma, como se diz, ficar na sua. Evidentemente, não se pode comparar com o modo de ser e viver de um povo que mora numa cidade pequena do interior do Brasil. Aqui, quase todo o mundo se conhece, portanto até o cumprimento é diferente, sempre mais íntimo, por exemplo, além do apertod e mãos vem sempre acompanhado do abraço e até um pequeno beijo no rosto, etc. e a vida do cotidiano das pessoas é sempre muito mais tranquila. Quando uma destas pessoas chega numa megalópole, logo se percebe pelo o seu modo de ser e de se comportar. Acontece que tudo isto é muito relativo, pois com o passar do tempo, após ter uma experiência maior, logo esta mesma pessoa tímida passa a agir como as demais. Portanto, este ar sério, desconfiado de muitas pessoas em todos vários lugares de uma cidade grande é muito normal e tem sua justificativa, sua lógica. Pois com a onda de roubos e assaltos, principalmente, nos locais onde há muita aglomeração, acontecendo à luz do dia, ninguém está isento de ser vítima num lugar assim. É como se todos fossem suspeitos. Por esto motivo anda-se pelas ruas e avenidas olhando-se para os lados como se estivesse com medo até da própria sombra, diga-se de passagem.