Episódio 36:- Minha Vida em Brasília
Estudar, adquirir conhecimentos no segmento com o qual sentimos afinidade é muito bom. Mas "ninguém é de ferro". Às sextas-feiras saíamos da Faculdade direto para uma noitada, geralmente para o "Casarão do Samba", Íamos em grupo ou não, quase sempre na carona de algum colega, naquele trajeto de cerca de 10 Km. O salao, ao lado do Brasília Palace,Hotel, era vizinho ao Palácio Alvorada. Esse era o local preferido dos estudantes universitários. Ali nós nos encontrávamos para dançar, flertar, namorar., beber cerveja, cuba libre, campari. O bailão rolava até às 5 horas da manhã.
Voltar para casa tarde da noite a partir da Universidade durante a semana ou nas madrugadas de sexta-feira para sábado era um problema. Viajar de táxi era arriscado por causa de vários relatos de sequestro e estupro, e até assassinatos violentos. E também muito caro. A opção era o velho ônibus da TCB ou a carona dos amigos. Então juntei um dinheirinho e comprei um Fusca 67 , vermelho. Consegui aprender a fazer as temíveis balizas e obter aprovação no exame do DETRAN. Agora sim! Estávamos motorizadas. Certa madrugada saímos do Casarão do Samba e tomamos a direção do Guará, que fica a cerca de 20 KM de distância. Optei pela Avenida das Nações, que era via de mão dupla à época. Tanto fazia esse ou outro caaminho. Tudo era escuro e completamente deserto! Mas...pelo retrovisor vi que outro fusca nos seguia. Diminuí a velocidade, ele também diminuiu e continuou atrás. Acelerei, ele também acelerou. Falei para a Lia que estava ficando com medo. Nós íamos para a minha casa na QE 17 do Guará II. Sabíamos que na Quadra vizinha havia uma Delegacia de Polícia. Decidimos tocar direto para lá. Parei o carro, o outro também parou a cerca de 10 metros de distância. Percebi que eram dois homens no veículo. A Delegacia estava fechada e totalmente escura. nenhum outro movimento nos arredores. O desespero tomoiu conta de nós. Mesmo assim, a Lia abriu a porta do carro, desceu e começou a gritar e bater na porta de vidro do prédio. Uma lâmpada foi acesa e em seguida, apareceu um policial sonolento, que abriu a porta. Foi o suficiente para que os nossos perseguidores percebessem que poderiam se complicar, deram meia volta no poeirão e simplesmente desapareceram. Bem, pedimos ao policial que nos acompanhasse até à casa na sua viatura. Foi o que ele fez, após se recompor com os trajes apropriados à ocasião.
Foto original : Fusca e casa no Guará II de Sandra Fayad
Estudar, adquirir conhecimentos no segmento com o qual sentimos afinidade é muito bom. Mas "ninguém é de ferro". Às sextas-feiras saíamos da Faculdade direto para uma noitada, geralmente para o "Casarão do Samba", Íamos em grupo ou não, quase sempre na carona de algum colega, naquele trajeto de cerca de 10 Km. O salao, ao lado do Brasília Palace,Hotel, era vizinho ao Palácio Alvorada. Esse era o local preferido dos estudantes universitários. Ali nós nos encontrávamos para dançar, flertar, namorar., beber cerveja, cuba libre, campari. O bailão rolava até às 5 horas da manhã.
Voltar para casa tarde da noite a partir da Universidade durante a semana ou nas madrugadas de sexta-feira para sábado era um problema. Viajar de táxi era arriscado por causa de vários relatos de sequestro e estupro, e até assassinatos violentos. E também muito caro. A opção era o velho ônibus da TCB ou a carona dos amigos. Então juntei um dinheirinho e comprei um Fusca 67 , vermelho. Consegui aprender a fazer as temíveis balizas e obter aprovação no exame do DETRAN. Agora sim! Estávamos motorizadas. Certa madrugada saímos do Casarão do Samba e tomamos a direção do Guará, que fica a cerca de 20 KM de distância. Optei pela Avenida das Nações, que era via de mão dupla à época. Tanto fazia esse ou outro caaminho. Tudo era escuro e completamente deserto! Mas...pelo retrovisor vi que outro fusca nos seguia. Diminuí a velocidade, ele também diminuiu e continuou atrás. Acelerei, ele também acelerou. Falei para a Lia que estava ficando com medo. Nós íamos para a minha casa na QE 17 do Guará II. Sabíamos que na Quadra vizinha havia uma Delegacia de Polícia. Decidimos tocar direto para lá. Parei o carro, o outro também parou a cerca de 10 metros de distância. Percebi que eram dois homens no veículo. A Delegacia estava fechada e totalmente escura. nenhum outro movimento nos arredores. O desespero tomoiu conta de nós. Mesmo assim, a Lia abriu a porta do carro, desceu e começou a gritar e bater na porta de vidro do prédio. Uma lâmpada foi acesa e em seguida, apareceu um policial sonolento, que abriu a porta. Foi o suficiente para que os nossos perseguidores percebessem que poderiam se complicar, deram meia volta no poeirão e simplesmente desapareceram. Bem, pedimos ao policial que nos acompanhasse até à casa na sua viatura. Foi o que ele fez, após se recompor com os trajes apropriados à ocasião.
Foto original : Fusca e casa no Guará II de Sandra Fayad