Humano...Humanidade...

Humano... Humanidade...

Sentado na areia da Praia, não numa praia qualquer... Itapoã, com ambos os pés imersos nas espumas das ondas a quebrarem na sua margem, com os cabelos cada vez mais brancos, revoltos à leve brisa vindo do nordeste, rusgas na face em profusão, ombros caídos... Sintomas dos anos acumulados e acúmulos de “sabedoria”, esta, talvez seja o mais importante bônus nesta altura da vida. Nandú, se deliciava com estes vividos momentos de paz, tanta paz, que passou ousadamente refletir sobre o “ser humano”. Ser humano, Homo Sapiens.

O simples fato de ser humano, não nos credencia não nos garante ser a primazia da Criação, nascidos para “reinar” sobre todas as demais criaturas da face da terra. Penso que o “ser humano”, é como uma pedra bruta, cheia de argila, cheia de defeitos, tantos que necessita ser. À exemplo do diamante, lapidado, polido, para expor toda a sua beleza, toda a magia do Criador, todo o seu “valor” e, aí sim, credenciar-se a ser a primazia.

Por isso a caminhada para a santidade – “Ser Santo como o Criador é Santo”. O “ser” Santo humano, segundo penso, é acumular-se de humanidade, e o estímulo, a motivação para a graça de “humanidade” está na prática do Amor, ou seja, viver a essência do Criador.

Sendo o Amor a essência de Deus, logo a prática do amor pela criatura a “santifica”, torna-a transbordante de humanidade.

Na busca da “Sabedoria”, grande parte conseguida pelo acúmulo de anos vividos, dos cabelos brancos, pela experiência da fragilidade física, saúde debilitada, aprende-se a ver o sentido de todas as cobiça desenfreadas, ambições vãs, invejas injustificáveis, também reconhecimento da nossa pequenez .Abandonando aquelas “práticas e abrindo espaços para a prática da “humanidade”, o homem sai do limbo das incertezas e passa para a realidade do “homem que deu certo”, o homem que dá certo é Santo, projeto inicial de Deus.

E o “homem que deu certo” é encontrado aos milhares, aos milhões espalhados pelo mundo todo, em todos os lugares... Ricos, pobres, brancos, negros, índios, amarelos... Mendigos, drogados, presidiários... Analfabetos, doutores, militares... Religiosos - Cristãos – Católicos, Protestantes, Pentecostais- , Mulçumanos, Afros (Candomblé, Umbanda), Budistas, Islâmicos, Espírita, Bahá’i... Não religiosos, até ateus, incrédulos...Tantas e com tantos Santos... Não necessariamente com a honra dos altares... Anonimamente no meio das multidões.

BNandú set/2019.

BNandú
Enviado por BNandú em 16/09/2019
Código do texto: T6746098
Classificação de conteúdo: seguro