O MITO DAS CAVERNAS NOS DIAS ATUAIS
Estamos diante de uma sociedade que se considera moderna e acredita que possui o controle do tempo e espaço nesse mundo conectado e competitivo. Em meio a tantas transformações, sobressai-se aquele que for mais rápido e ágil, pois não basta ter apenas o conhecimento é necessário ter agilidade na tratativas das demandas. A velocidade é a máxima.
E nesse contexto as pessoas acabam se perdendo e deixando de valorizar o seu próprio tempo, não se permitindo desfrutar momentos fazendo coisas simples, experimentando conhecer novos lugares, novos sabores e até mesmo perceber as cores. No entanto, essa nova sociedade está ocupada demais olhando para as telas de seus aparelhos celulares ou na maratona para galgar um patamar superior no mundo dos negócios.
O sociólogo Zygmunt Bauman já alertava sobre essas transformações conceituando-as como modernidade líquida, em que a correria contra o tempo se torna cada vez mais acelerada e relações são frágeis e podem ser desfeitas com a apenas um click.
Diante de tanta pressão para ter ou ser, a sociedade já se apresenta adoecida. A impressão que tenho é que estamos presos aos tempos das cavernas, como bem retratou o filósofo Platão. É preciso pisarmos no freio com cautela. E é necessário despertarmos para romper com as barreiras existentes nas cavernas e sair para fora para ter a oportunidade de desfrutar de algo que se chama vida.