Viajante do Tempo

Viajante do Tempo

Caminhando pela orla da Praia, não de uma praia qualquer... Itapoã.

Nandú, um velho conhecido destas plagas, de repente viu-se a caminhar, num “novo tempo”, pelo calçadão da belíssima Praia de Itapoã... Meio que perdido sentiu-se “teletransportado” no tempo, e o seu sentimento era que havia “saltado” uns dez anos para frente.

Donde ele estava no passado recente, ele vivenciara, respirava um clima de intenso otimismo, uma euforia de esperança, certo de que os tempos de então, estavam a “favor”, na direção certa, exitosa. Tão esperançoso e certo estava, que a sua convicção o fazia feliz. Era um cidadão, na acepção do termo.

No tempo “teleportado”, o que aqui e agora que estava a presenciar, o tempo que o viajado encontra no “salto”, trouxera-lhe dez anos no futuro, para uma realidade onde como num passe de mágica o clima de esperança desvaneceu-se, esfumou-se. O que fizeram com aquela esperança viva, laboriosa, vibrante, com aquela realidade?

De onde tinha vindo, lá naquele tempo, naquela realidade vivida, tinha-se a quase certeza de que tudo aquilo, todo aquele conjunto de esperança, desembocaria no futuro, numa realidade diferente, num mundo melhor mais inclusivo, mais alegre.

Onde e quem “apertou” na “Máquina do Tempo” o “botão” do “pânico, da demência do abismo? A “Máquina do Tempo” certamente pirou! Tão pirada que está a “viajar” para o passado, para o tempo da barbárie, tempo de insanidades, tempo das cavernas – “pensando” estar viajando para o futuro -, A “maquina” também foi enganada, contaminada por Fake News...

Nandú mesmo assustado com a intempestiva viajem ao futuro, visitando onipresentemente este “nosso tempo real, do agora”, vê uma saída para esta desesperança, que ainda é possível retomar a dinâmica daqueles tempos felizes, simplesmente e por firme decisão de cada cidadão, movimentar-se e apertar o “botão” certo, o “Confirma”, o de cor verde, o verde amazônico da esperança renovada e retomada e, logo ao lado, o outro “botão”, o mais sensível, humilde, frágil... O “botão” da Democracia...

“A Máquina do Tempo” que certamente saberá se ajustar, e no tempo certo, no local certo, numa isolada sala certa, libertar o Operador certo, o senhor da esperança...

Lula Livre!

E o tempo retomará o “seu tempo” de normal desenvoltura, para um futuro próspero, de sonho e realidades de vida plena , digna.

E novamente cantar “sem medo de ser feliz”!

Mas, caminhando ainda onipresente pela Orla da Praia de Itapoã, Nandú, triste, constata que os “dez anos futuros” que viajou, o tempo parou para algumas obras de melhorias urbanas que não se realizaram. Estamos ainda dez anos no passado.

Contrariamente com o que acontece com a praia de areias douradas, e o mar de águas limpas e azuis que sempre renovados, cheios de esperança, nos acolhem, recebem e nos encantam... Dias melhores virão...

Mas atenção! Sem animais domésticos - cães e gatos, a emporcalhar lhes!

Nandú set/2019

BNandú
Enviado por BNandú em 15/09/2019
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