Amor, poesia e terror


 
As três palavras têm tudo a ver, em diferentes sentidos. Se observarmos atentamente a história da humanidade, as forças mais poderosas a guiar-nos é o instinto de sobrevivência e o amor. Assisti a um filme de terror - "It a coisa - 2" -  na última sexta-feira e, como todo filme de terror, o objetivo é gerar medo, suspense, instigar e gritar. Mas, mesmo num filme de terror, tem que haver uma história de amor subjacente.

O amor está presente nos filmes de guerra, na música e na arte em geral. Enfim, está em tudo. Do amor ninguém escapa! Num filme de terror com três horas de duração não poderia faltar esse ingrediente; afinal, é difícil manter a atenção da plateia por tanto tempo.

Assim, depois muito susto, uma das cenas mais bonitas aparece na tela. Nada de príncipe e princesa, pois é filme de terror, mostra a vida como ela é, no mundo real, nem sempre o amor chega como num conto de fadas; pode chegar depois de muitos fracassos, pois não existe idade para amar, raramente vem redondinho como num script. O mais importante é que venha, pois a vida sem amor é uma lástima! Se for pra enfrentar monstros, palhaço assassino ou alma penada é melhor com amor.

Uma das personagens do filme, ainda na adolescência, recebeu uma poesia anônima. Vinte e sete anos depois, vivia um relacionamento abusivo, regado a possessividade e brigas. Numa das cenas mais inverossímil para o amor acontecer, toda banhada de sangue, já desistindo de lutar pela vida, ela descobre quem tinha escrito aquela poesia. E, naquele momento, a poesia, o amor e o instinto de sobrevivência lhes dão força para lutar mais um pouquinho pela sobrevivência.

Será que não é isso que fazemos todos os dias? Viver pode até ser um terror, mas quando acrescentamos poesia e amor fica bem mais fácil enfrentar os monstros do dia a dia. Terror mesmo é viver uma longa vida sem amor.
 


Imagem do Google.