Víco e terapia
Para mim escrever não é só m prazer, virou também vício. Juro. Mas, a bem da verdade, funciona também como terapia. Só sinto não conseguir escrever digitando teclado de computador. Não, não consigo digitar por causa da tremura nas mãos, quebraria o teclado, só quem aguenta o repuxo é uma velha máquina de escrever que me companha há mais de 40 anos. Maltrato a bichinha todo dia. Escrevo também à mao com lápis número seis e com letra de forma, mas às vezes nem eu mesmo consigo traduzir o que escrevi e aí tenho que improvisar quando meu neto está digitando meus textos.
Digo que é uma terapia porque escrevendo me sinto mais leve, descarrego as energias, arengo, digo o que penso, dou minhas broncas, faço meus reclames do que gosto e, claro, me divirto muito. Tdo bem, sei que só escrevo um sambinha de uma nota só: política e saudade. Tento mudar mas não consigo. Sou limitado. Mais, sei que escrevo muita besteira. Mas, creiam, não me arrependo e nem fico encabulado quando rasgam minha fantasia, u seja, apontam os eros cabeludos. Admito e até agradeço a quem aponta os meus senões, como diria Valdik Soriano. Sei que sou apenas um amador e um escrevinhador matuto. Sei disso porque me considero um bom leitor. Não posso me enganar. Mas, gente, me sinto tão feliz escrevendo que faço votos ara que essa terapia dure muito tempo. Que Deus me ajude a manter essa terapia.
No mais é como disse Antonio Maria (estou citando de memória): "o homem só tem duas missões na vida: amar e escrever. Escrever à máquina com dois dedos e amar com a vida inteira". Inté.