Miserê de privilegiado
Há coisas que ainda nos aturdem, espantam e revoltam. Principalmente quando se trata de um escárnio à situação de dificuldades por que passa o povo, acinte perpetrado por privilegiados, os chamados marajás do serviço público, cujos salários, penduricalhos e mordomias são pagas pelos cofres públicos que são abastecidos por impostos pagos pela população, cuja maioria sofre e passa necessidades. Foi ocaso do procurador do Ministério Público de Minas, Leonardo Azeredo dos Santos que classificou como miserê seu contracheque de R$ 24 mil líquidos (jádeduzido IR e outros descontos).
Lamentou-se, pasme, o privilegiado:
"Eu, infelizmente, não sou de origem humilde. Eu não estou acostumado com tanta limitação. Já estou baixando meu padrão bruscamente. E já estou fazendo a minha parte. Deixei de gastar R$ 20 mil de cartão de crédito e assei a gastar R$ 8 mil, para poder viver com R$ 24 mil. Mas eu e outros já estamos vivendo a base de comprimidos. Eu estou falando de dois ansiolíticos por dia. Quem sabe se nós no ano que vem, vamos continuar nessa stuaação.
E se dirigindo ao chefe:
"Vossa Excelência planeja algo, dentro de sua criatividade, para melhorar nossa situação? Ou vamos continuar mesmo no miserê?"
Sei não, mas acho que isso é u escárnio, um acinte, um tapa na cara dos mais sacrificados. E não se toma medida nenhuma contraesse tipo de agressão. Ah, Brasil. Inté.