TUDO QUE SABEMOS; E O QUE NÃO SABEMOS.
Tudo que sabemos; e o que não sabemos.
Vamos como chegamos, e nada podemos levar; todos sabem.O destino é desconhecido como a origem, e a fé nos grandes ensinamentos pacifica a carruagem da mente e pavimenta o sonho por onde andará. Se partimos conscientes, talvez a guarda do amor por saudade dos que ficam, já incorpora um novo estágio.
Vamos nos braços do amor da mesma forma que chegamos pela benevolência de seu gesto; da origem talvez nunca nada saberemos, é como um lacre definitivo que nunca se romperá, assim construído superiormente para que a magia do desfecho seja maior, assim creio; como as mágicas que não deciframos, mas surpreendem gigantescamente.
Da chegada nada sabemos, mas lá está a maior força presente, o amor que gerou nossa vida, que nos deu vida e transforma como maior força a mutação serena e bela da natureza.
Sabemos que Jesus aceitou todo seu infortúnio para exemplificar e passar ensinamentos, os maiores, pináculos da paz, da virtude de ser e existir, gerando encantamentos como a solidariedade e o perdão, mas que não praticamos amplamente como Ele nos deixou e quis.
Vivemos sabendo que vamos partir, mas quedamos indiferentes à generosidade do amor, sem proclamá-lo aos que amamos, sem doarmos seus laços de acolhimento soberbo, infinitamente em miríades que modificam exterioridades duras, que mitigam a aspereza dos cactos, lapidam pedras brutas e amolecem corações rochosos.
O “carpem diem” tão cantado está sempre esquecido, como se o corpo tivesse uma alma eterna, e o espírito não soprasse aos avisados que a jornada é breve quando a alma se tornar espírito e galgar outros espaços.
É preciso cultivar o que se sabe, diante de tão pouco que sabemos, atento ao mundo indefinível, alargado e imensurável do que não sabemos, e sempre encerra pela tradição verdades insuperáveis, que os tempos e as eras revelaram, uma certeza de permanência dos sentimentos que se mostram eternos.