Morte súbita.
Definitivamente, não sei se é normal. Ter tanto prazer em estar vivo, e acordar com o humor em alta por motivos mais simples e comuns possíveis, como a alegria de ver mais um dia nascer, sim eu sei que parece exagero, muitos iriam dizer que isto é uma grande idiotice. Imagino os pessimistas como iriam julgar esta forma de ver a vida, até mesmo em uma segunda feira, comemorar o início de mais uma semana.Lembra até mesmo a ideia de "Poliana", que em tudo olhava o lado bom.Sinceramente, não sei de onde vem tamanha felicidade apenas pelo fato de estar vivo.Tento sim fazer uma análise dessa forma de pensar, se é correta pois lembro da frase do Carlos Heitor Cony que diz " o otimista é um sujeito mal informado". Assim mesmo respeitando o renomado escritor, digo que permaneço firme no raciocínio que mesmo precisando conter tamanha alegria no viver, continuo tendo uma visão diferente, de olhar para frente com o lado bom de tudo.
Isto, não querendo dizer que não tenho problemas, ou contrariedades e divergências, pois levo uma vida comum e como todos, tenho os conflitos do cotidiano que enfrento sempre com calma e consciente usando a frase atribuída a Chico Chavier : "isso vai passar..."
Sim vai passar, como passa a nossa existência, como passam as fases da vida e como dizem que o tempo pode ser também um remédio para muitas de nossos problemas. Fazendo um parênteses com também na teoria de Napoleon Hill, que dizia que a maioria de nossas preocupações não se transformam em problemas, e que muitas vezes "criamos fantasmas" em nossas cabeças que simplesmente são meras preocupações e jamais se materializam como algo real que nos causariam algum transtorno. Contextualiza ainda de forma estatística que oitenta e cinco por cento de de nossas chamadas preocupações jamais irão se transformar em problema.
Esta teoria, me faz ainda mais calmo diante da vida, fortalecendo este lado otimista que as vezes até incomoda.
Hilário pensar de como encaro um dia saber que vou ter que partir, costumo até repetir a frase atribuída ao jornalista Roberto Marinho que aos sessenta anos fundou a Rede Globo, que dizem iniciava uma conversa dizendo"Se um dia eu morrer..."
Talvez até pelo meu otimismo, fico imaginando pessoas que prematuramente deixam este mundo, e mesmo sendo médico, não consigo assimilar quando tenho que me despedir de alguém no auge de uma vida ativa, e muito menos entendo a tal "morte súbita". Penso que merda é essa poxa? Como alguém saudável, de repente, cai e morre, caramba?
Até imagino se isto acontece comigo, uma pessoa que tem esse gosto pela vida tendo que acordar em outra dimensão, e perguntar para Deus:
-Onde estou?
Deus diria
- Você morreu, está do outro lado.
-Morri? Como assim, se nem doente eu estava?
-Você teve uma morte súbita, responderia Deus.
_Que sacanagem é essa...
Deus iria reagir
-Isso é maneira de falar comigo?
-Opa desculpe senhor, mas logo agora, que tudo estava indo bem?
-Olha filho chegou a sua hora
-Como assim minha hora, senhor com todo respeito, mas eu terias que saber, decidir, agora que a festa estava ficando boa.O senhor diz que chegou a hora?
-Sim filho quem manda sou eu.
Sem tanta delonga, acho que iria tentar não discutir muito, mas aqui entre nós que Deus não leia este texto, pois voltaria a pensar com meus botões.
Que sacanagem é esta, ter que ir logo agora que está tão bom.Caramba...