Jusara, com as mãos em oração, conversa com Deus.
- Meu Deus, o Senhor sabe o quanto eu venho tentando um novo emprego. Sei também que tem mais de treze milhões de desempregados, mas faz um encaixe aí e vê se arranja um jeito de me ajudar.
- Minha filha, Deus tirou folga hoje e me deixou aqui pra resolver os problemas mais sérios. Sou a santa Quebra-galho. - Meu caso é sério, dona Quebra-galho.Tô devendo a luz, o gás, o telefone a NET. Já pensei até em fazer programa pra arrumar um dinheirinho.
- Quebra-galho - iiiiih..... minha filha, esquece! Com esse cabelo horroroso e esses trinta quilos a mais você não vai conseguir nem pro cafezinho.
– Mas, com todo respeito, foi Ele que me fez assim
-Quebra-galho – Na-na-ni-na-não! Ele fez você bem legalzinha, mas você toma refrigerante pra caramba, come pastel, coxinha de galinha, batata frita, sorvete e isso todo dia! Não vem agora botar a culpa Nele.
– E Ele, pra piorar a minha situação, me fez caolha.
- Quebra-galho – Esse defeitinho Ele lhe botou porque na vida passada você vivia zoando quem tivesse qualquer defeito. Fez isso pra você aprender. Mas ainda foi bonzinho, lhe deu uma cabeça pra pensar. Va dormir e acorde com uma solução
NO DIA SEGUINTE ELA ACORDA , ESFREGA OS OLHOS, E DIZ: DONA QUEBRA-GALHO, JÁ ACHEI A SOLUÇÃO. VOU SER CARTOMANTE.
- Quebra-galho – c-a-r-t-o-m-a-n-t-e?
– Sim, cartomante. Veja bem, eu digo pra todo mundo que vejo uma pessoa vindo em sua direção. É claro que todo mundo tem sempre uma pessoa em sua direção. Seja o porteiro, o motorista do Uber, um cobrador...sempre tem alguém vindo em nossa direção. Não estou dizendo mentira. Digo também que vejo uma luz iluminando seus caminhos. Tem sempre uma luz, seja na entrada do edifício, seja no metrô, seja na casa do c...deixa pra lá. Tambéééem não estou mentindo
- Quebra-galho – Bom, minha filha, vai à luta e depois me conta.
NARRADOR: Ju preparou sua humilde sala, acendeu umas velas, pegou um velho baralho e colocou um cartaz na porta, onde escreveu:
- Meu Deus, o Senhor sabe o quanto eu venho tentando um novo emprego. Sei também que tem mais de treze milhões de desempregados, mas faz um encaixe aí e vê se arranja um jeito de me ajudar.
- Minha filha, Deus tirou folga hoje e me deixou aqui pra resolver os problemas mais sérios. Sou a santa Quebra-galho. - Meu caso é sério, dona Quebra-galho.Tô devendo a luz, o gás, o telefone a NET. Já pensei até em fazer programa pra arrumar um dinheirinho.
- Quebra-galho - iiiiih..... minha filha, esquece! Com esse cabelo horroroso e esses trinta quilos a mais você não vai conseguir nem pro cafezinho.
– Mas, com todo respeito, foi Ele que me fez assim
-Quebra-galho – Na-na-ni-na-não! Ele fez você bem legalzinha, mas você toma refrigerante pra caramba, come pastel, coxinha de galinha, batata frita, sorvete e isso todo dia! Não vem agora botar a culpa Nele.
– E Ele, pra piorar a minha situação, me fez caolha.
- Quebra-galho – Esse defeitinho Ele lhe botou porque na vida passada você vivia zoando quem tivesse qualquer defeito. Fez isso pra você aprender. Mas ainda foi bonzinho, lhe deu uma cabeça pra pensar. Va dormir e acorde com uma solução
NO DIA SEGUINTE ELA ACORDA , ESFREGA OS OLHOS, E DIZ: DONA QUEBRA-GALHO, JÁ ACHEI A SOLUÇÃO. VOU SER CARTOMANTE.
- Quebra-galho – c-a-r-t-o-m-a-n-t-e?
– Sim, cartomante. Veja bem, eu digo pra todo mundo que vejo uma pessoa vindo em sua direção. É claro que todo mundo tem sempre uma pessoa em sua direção. Seja o porteiro, o motorista do Uber, um cobrador...sempre tem alguém vindo em nossa direção. Não estou dizendo mentira. Digo também que vejo uma luz iluminando seus caminhos. Tem sempre uma luz, seja na entrada do edifício, seja no metrô, seja na casa do c...deixa pra lá. Tambéééem não estou mentindo
- Quebra-galho – Bom, minha filha, vai à luta e depois me conta.
NARRADOR: Ju preparou sua humilde sala, acendeu umas velas, pegou um velho baralho e colocou um cartaz na porta, onde escreveu:
MÃE JUSSARA
(Ju, para os amigos)
Trago seu amor em três twitadas .
(Ju, para os amigos)
Trago seu amor em três twitadas .
Não ia escrever três dias, em plena era da informática.
A primeira cliente chega. Toca a campainha.
- Dona Ju eu sou a Veruska, liguei hoje cedo. Quero saber onde anda o cachorro do meu marido.
- Ju – Ah...o cachorro dele sumiu? Será que a carrocinha o pegou? Quando eu era criança se dizia que levavam os cachorros pra fazer sabão.
- Veruska: Dona Ju, o meu marido não tem cachorro nenhum. Ele é que é um cachorro. Saiu pra comprar cigarros e não voltou, e o pior é que o desgraçado nem fuma.
- Minha filha, esqueça esse cachorro, arranje um gato que é muito melhor. Os cachorros mordem; os gatos não.
-Veruska - Dona Ju, eu estou falando sério, não leve na brincadeira.
- Eu entendi, filha, é por isso mesmo que estou lhe dizendo pra arranjar um gato, um homem gato. Eu a vi outro dia com seu marido, aquele senhor feio e barrigudo. É seu marido, não é?
-Veruska - Sim, é meu marido. É um cachorro, mas tem dinheiro pra caramba.
- Ah, minha filha, a gente não pode ter tudo na vida. Ou você tem um grande amor ou um barrigudo rico. Escolha.
Vejo também muita luz no seu caminho.
- Veruska - Quanto a esse caminho de luz eu tenho lá as minhas dúvidas. Esqueci de pagar a conta da Light esse mês. - Agora é você que está brincando. Não estou falando dessa luz, filha. Essa, qualquer pessoa pode ter. Eu falo de uma luz divina que só as pessoas boas recebem. Está em suas mãos ser merecedora ou não.
Por hoje terminamos.
- Veruska - Quanto lhe devo dona Jussara?
- Ju - Cem...zinho, minha filha. Volte sempre que precisar de bons conselhos.
Ju leva a cliente até a saída e fala consigo mesma: Pelo menos já posso pagar a conta da luz. Esse negócio de atender os clientes com uma vela acesa pode até impressionar bem. Digo que é para os santos que vêm me ajudar, mas passar roupa, ligar a máquina de lavar, ver TV, sem energia, não há santo que dê jeito. Acho que eles não estão com essa bola toda não.
A primeira cliente chega. Toca a campainha.
- Dona Ju eu sou a Veruska, liguei hoje cedo. Quero saber onde anda o cachorro do meu marido.
- Ju – Ah...o cachorro dele sumiu? Será que a carrocinha o pegou? Quando eu era criança se dizia que levavam os cachorros pra fazer sabão.
- Veruska: Dona Ju, o meu marido não tem cachorro nenhum. Ele é que é um cachorro. Saiu pra comprar cigarros e não voltou, e o pior é que o desgraçado nem fuma.
- Minha filha, esqueça esse cachorro, arranje um gato que é muito melhor. Os cachorros mordem; os gatos não.
-Veruska - Dona Ju, eu estou falando sério, não leve na brincadeira.
- Eu entendi, filha, é por isso mesmo que estou lhe dizendo pra arranjar um gato, um homem gato. Eu a vi outro dia com seu marido, aquele senhor feio e barrigudo. É seu marido, não é?
-Veruska - Sim, é meu marido. É um cachorro, mas tem dinheiro pra caramba.
- Ah, minha filha, a gente não pode ter tudo na vida. Ou você tem um grande amor ou um barrigudo rico. Escolha.
Vejo também muita luz no seu caminho.
- Veruska - Quanto a esse caminho de luz eu tenho lá as minhas dúvidas. Esqueci de pagar a conta da Light esse mês. - Agora é você que está brincando. Não estou falando dessa luz, filha. Essa, qualquer pessoa pode ter. Eu falo de uma luz divina que só as pessoas boas recebem. Está em suas mãos ser merecedora ou não.
Por hoje terminamos.
- Veruska - Quanto lhe devo dona Jussara?
- Ju - Cem...zinho, minha filha. Volte sempre que precisar de bons conselhos.
Ju leva a cliente até a saída e fala consigo mesma: Pelo menos já posso pagar a conta da luz. Esse negócio de atender os clientes com uma vela acesa pode até impressionar bem. Digo que é para os santos que vêm me ajudar, mas passar roupa, ligar a máquina de lavar, ver TV, sem energia, não há santo que dê jeito. Acho que eles não estão com essa bola toda não.