Morre a madrinha do samba* (01/05/2019)
Morreu (30/04), no Rio de janeiro, aos 72 anos, a cantora Beth Carvalho. A notícia emudeceu os sambistas brasileiros. Em nota, a assessoria da artista destacou:
"Beth deixa um legado inestimável para a música popular brasileira e sempre será lembrada por sua luta pela cultura e pelo povo brasileiro".
É verdade.
A "madrinha do samba" surgiu na Bossa nova, em 1965, quando gravou: "Por quem morreu de amor", de Menescal e Bôscoli.
Mas, já a partir do ano seguinte conheceu o samba e dele não se apartou mais.
Emplacou vários sucessos, ano após ano, tais como: Saco de Feijão, Olho por Olho, Coisinha do Pai, Firme e Forte e Vou Festejar.
A sambista Beth Carvalho completaria 73 anos, no próximo domingo (5), quando tinha programado uma grande festa para comemorar a data.
Sem dúvidas, Beth Carvalho foi uma das maiores referências do samba raiz.
Paulinho da Viola lamentou a perda da amiga: “Perdemos uma pessoa muito importante para o nosso samba. Beth Carvalho terá seu lugar entre aqueles que contribuíram para a construção do patrimônio musical brasileiro".
Morreu o Samba; a Bossa Nova; a torcida do Botafogo; a Mangueira; morreu o Rio; uma parte do Brasil; morreu o Morro; morreu Beth; morremos nós...
Finalizo com um trecho emprestado de uma música da Marrom:
"Quando eu não puder/Pisar mais na avenida/Quando as minhas pernas/Não puderem aguentar/Levar meu corpo/Junto com meu samba/O meu anel de bamba/Entrego a quem mereça usar".
(...)