Visitando minha prima Ciza

Certo dia pousei na casa de um primo meu, o Toninho, na roça , no bairro dos Freitas (eu adoro roca). No dia seguinte levantei bem cedo e quis passear na casa da irmã dele, a Ciza, que morava um pouco distante. Fui caminhando olhando o dia já amanhecido, vendo a escola onde antes era uma mangueira onde meu tio Zeca tirava leite. Mais à frente avistei o fazendão, onde passei minha infância catando coquinho na árvore que havia logo na entrada. Vieram memórias gostosas daquela época. Quando levantava cedo e com um copo de açúcar com Toddy ia lá embaixo na mangueira tomar um leitinho tirado na hora. Eu gostava de ouvir o mugido das vacas. Eu me divertia no fazendão. Nossa, muitas lembranças ótimas. Mas voltei meu pensamento pro caminho que eu seguia. Cheguei no portão de madeira enorme, aquele que abre em duas partes, mas estava fechado. Eu pulei ele e segui em frente. Logo estaria na casa do Nê, marido da Ciza minha prima. Passei por uma casa à esquerda (era lá que morava o caseiro do meu primo). Passei por ela e logo à frente vi outra porteira, esta vivia aberta e vi logo em seguida uns cães enormes, acho que uns 3. Estavam todos juntos, acho que conversavam entre si. E fui entrando. De repente me lembrei que quando fui das outras vezes eu não saia do carro enquanto meus primos não separavam aqueles cães. Então foi me dando um calafrio pois eu já estava adiantado e chegando perto deles. Correr? pra onde? se eu tentasse voltar com certeza iriam atrás de mim. Me deu um calafrio como nunca antes. Suei tão frio que nem sentia mais meu cérebro pensar. De repente uma luz: vá até a porta, atravesse aqueles fios que circundam a entrada da porta da sala, cale a boca e fique sentado. Salvo!

Lembrei no último instante que aqueles fios eram eletrocutados numa época anterior para exatamente afastar os cães da entrada da porta da sala.

Se não houvessem aqueles fios... Acho que eu seria simplesmente trucidado por aqueles cães (qual a raça mesmo?) e não estaria aqui agora pra contar essa terrível história.

Ajosan
Enviado por Ajosan em 08/09/2019
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