UM LUGAR INUSITADO PARA SE FAZER AMOR: CAVERNA DO DIABO.
No tempo em que trabalhava nos correios, de vez em quando programávamos uma excursão para algum ponto turístico no interior do Estado ou adjacências. Então, uma destas, por sinal, inesquecível, foi realizada na divisa de São Paulo/Paraná, ou seja, na famosa CAVERNA DO DIABO. Realmente o nome assusta, assim como o local que é fantasmagórico, mas vale a pena conhecê-lo. Se o turista procurar seguir as orientações do Guia, certamente, não encontrará perigo de se perder no seu interior. Pois a senha principal é andar sempre em grupos, no mínimo, dupla.
Bem, o certo é que na nossa turma, apesar da alegria contagiante, da cantoria e brincadeiras, havia um casal que não se deixou envolver com tudo aquilo e ficava só no seu lugar no maior chamego que parecia que o mundo iria se acabar logo. De tanto furdunço e gemidos que chegavam a chamara atenção de qualquer pessoa, quando chegamos ao local, um colega falou para aquele casal; “Pronto, agora vocês podem procurar um lugar para apagar este fogo de vocês!”. Os dois deram risada e continuaram se beijando enquanto desciam do ônibus.
Já na entrada da Caverna, após a advertência e avisos do Guia, paulatinamente, nosso grupo foi se desfazendo, mas sempre em grupinhos ou duplas. Não é nem preciso dizer que o primeiro casal que se desapegou do grupo principal e não demorou muito já encontrou um local recôndito e não perdeu tempo. Não precisou nem de preliminares, mas no momento principal, devido a grande ansiedade ou atraso, teve uma ejaculação precoce e quando a jovem se decepcionou e murmurou alto: “Não acredito”, os dois se assustaram com o eco, puseram as roubas e foram se encontrar com o grupo.
Neste momento, devido os semblantes pálidos e assustados, alguém fez o comentário: “Que é isso, viram alguma assombração?”. Ao que a moça respondeu: “Ainda não”, mas continuou murmurando mais baixo: “Não acredito, não acredito”. Uma colega próxima, ao ouvir este solilóquio tentou compartilhar, dizendo: “eu também não acredito em assombração, amiga”. “Sorte sua” - respondeu a jovem frustrada que teve o seu desejo sexual postergado à sua revelia.