A governança de uma cidade* (02/05/2019)
Teoricamente, para se governar bem uma cidade devemos atuar em 04 (quatro) frentes:
1°. - Quem vive em situação de EXTREMA POBREZA, vê como necessidade básica ter comida à mesa. O município precisa estar bem atualizado em sua rede de assistência social para garantir os programas de combate à miséria, com foco: nos benefícios eventuais, na prestação de assistência continuada e fortalecimento de vínculos. Desta forma, quem vive abaixo da linha de pobreza pode ter direito à políticas públicas eficazes e, consequentemente, a melhores condições de sobrevivência e expectativa de vida, idem.
2°. - A classe POBRE necessita dos serviços básicos essenciais. Para tanto, não podem ser precários: o atendimento médico nas UBS's e seus encaminhamentos de consultas (e exames) à especialistas; a dispensação de medicamentos pelas farmácias básicas; a dinâmica de base das creches municipais, que recebem os filhos de quem trabalha fora; a escola fundamental, em tempo integral, com ensino e merenda de qualidades e vagas para todos os alunos; um melhor sistema de saneamento básico, para garantir esgoto e água tratada e o acesso à programas de habitação que possibilitem moradias dignas.
3°. - Quem está na chamada CLASSE MÉDIA, cobra uma cidade planejada nos aspectos que dão vida à urbe: ruas asfaltadas e bem iluminadas; um trânsito organizado, com estacionamentos bem definidos; praças arborizadas e com segurança; uma coleta de lixo de ação sistemática e a arrecadação justa de tributos, como: impostos, taxas e contribuições.
4° -Já para os RICOS e empresários, "que acreditam que tiveram o azar de ficar com o ônus de sustentar o governo", a ideia de retorno do poder público é, resumidamente, que interfira menos na atividade deles e implante uma política de incentivo fiscal que favoreça a anistia, o parcelamento e amortização de dividas e isenções tributárias para novos investimentos; mesmo sabendo que o município não pode renunciar receita.
Vencidos esses problemas, o gestor pode considerar a sua governança digna de excelência, por respeitar as características de: Estado de direito, transparência, responsabilidade, orientação por consenso, igualdade e inclusividade, efetividade e eficiência e prestação de contas.
Afora isso e sem nenhuma atenção de nossa parte, a música de Zé Geraldo será mesmo apocalíptica: "A cada conflito mais escombros/ isso tudo acontecendo e eu aqui na praça/ dando milho aos pombos..."