Nem o tempo resolve
Há, e como há vícios que nem o tempo consegue resolver apesar dos grandes esforços desprendidos por uma sociedade inteira. E como não poderia deixar de ser faço parte de uma dessas sociedade, que apesar da luta diária ainda está capenga, da falta de uma cúpula dirigente séria, honesta e cumpridora dos seus deveres e porque não, de suas contagiantes promessas eleitoreira.
Os anos passam, as gerações se renovam, os eleitores que são novos continuam a votar naqueles que lhes inspiram confiança, sem saber que por trás do sorriso fácil e conquistador, está a velha política arraigada de mandos e com a corrupção latejando para domar os novos eleitos e com isso nunca deixarem o poder, mesmo não fazendo parte de fato da direção e do caminho da Nação de que fazem parte na sua sociedade.
Infelizmente conheci a política muito cedo e quando felizmente, se é que assim posso dizer, havia somente dois partidos e quando um governava e outro era esquerda e vice-versa, os desmandos eram menores e menos crueis coonosco, mas os desmandos que já floreciam naquele meio, que ingenuinamente chamamos de Vereadores, deputados e nessa classe infelizmente são dois, estadual e federal, ministros e pasmem, presidente, continuam a enraizar nossas mentes. Pordoem-me pelo pasmem, é que de todos os presidentes que conheci e que não são poucos, este último e atual, me surpreende todas as vezes que abre a boca e nessa hora arregalo os olhos, mando meus netos saírem da sala e lanço mão do rolo de papel higiênico, que acostumei a deixar no sofá que sento, sim isso mesmo no sofá, pronto a me limpar dos respingos da fala proferida pelo Sr. comandante Mor da Nação.
Mas como aprendi também desde cedo a ouvir primeiro e criticar muito depois de uma análise profunda, não me preocupo mais com o fatídico excremento expelido, mas sim com a sua repercussão odorífica.
Nem os militares da ditadura tinham o hábito de falar sem pensar, apesar de que esse também é um militar, ainda me assusta quando o nosso representante Mor abre a boca.
Mas dias virão e esperando que sejam melhores, dias esses que talvez em carne o osso eu não esteja mais aqui, mas quem sabe meus tetranetos estejam, torço para que sejam bem melhores. Como sempre digo, um dia eu volto e com a certeza de poder dizer: Só o tempo resolve.