Incentivo à violência policial
Li ontem no Globo uma notícia que me deixou estarrecido e revoltado: a polícia fuzilou um trabalhador no Rio de Janeiro que estava "levantando" uma laje num bar, a 50 metros da Avenida Brasil. O trabalhador se chamava José Baía Júnior, conhecido como Juninho, tinha 45 anos e além da profissão de pedreiro, aos domingos vendia frango assado no Sacolão da Vanuza. Era um trabalhador brasileiro que foi fuzilado pela polícia enquanto trabalhava. Disse o proprietário do imóvel onde Juninho levantava a laje:
"Acabaram de matar um trabalhador em cima da minha laje! O cara tava fazendo a minha laje! O cara era trabalhador, cara, o policial atirou.Não tinha ninguém. Policial saiu dando tiro. É impressionante como a gente ta sofrendo aqui na Vila Kennedy".
É claro que haverá um "rigoroso inquérito", patati patatá... Mas a verdade é que está havendo um incentivo à violência policial. É atirar, atirar, atirar e se matar correr para o abraço. O incentivo fica patente quando vemos autoridades se rejubilando depois que se a polícia mata. Dia desses, depois que abateram um sequestrador de um ônibus, o governador desceu do helicóptero fazendo gestos de euforia como se tivesse ganho a copa do mundo.
Que a polícia tem que fazer a sua função todos concordamos, mas não sem extrapolar e nem entrar nesse frenesi de licença para atirar de todo jeito. O pior é que isso nao acontece só no Rio. Ah, Brasil. Inté.