Para a mãe, o filho é a única prova de amor* (12/05/2019)
O dia das mães é um dia de tristeza. Por adotarmos o mundo, não mais nos reunimos com frequência na casa dela. Ano após ano, o vazio vai tomando conta dos cômodos, impiedosamente, e do seu coração.
Em meio a esse abandono coletivo, as desculpas que a própria vida inventou. Mas, para qualquer situação, ela tem sempre uma palavra de conforto.
Por mais que a vida obrigue, a mãe nunca empurra o filho para fora do ninho. Talvez por isso não deixamos de ser "meninos". Há quem diga que essa superproteção gera adultos ansiosos e indecisos.
O presente chega embrulhado num papel postal. E mesmo que seja de ouro, incenso ou mirra, não vale o que ela teve que abdicar por ele. Para o filho, o pedido de perdão está em todos os presentes; Para a mãe, é o filho a única prova de amor.
Em toda a nossa trajetória de filho ausente, as orações de mãe nos acompanharão como um vínculo Santo. E se ainda nos restar uma centelha de amor próprio, que dediquemos a essas Marias concebidas.
Será também por meio do nosso arrependimento que, feito Elias, o fiel, Deus receberá todas as mães lá no céu.
E, assim, quando os anjos vierem buscar os espíritos delas, deixarão aqui na terra ossos e pele para que nós, filhos, ingratos, choremos ajoelhados o remorso de não saber ser filho, e por nossa própria penitência.