“Penso... Logo existo?* (15/06/2019)
O deslumbramento tem a mesma velocidade que o desprezo - E, essa condição se vulgariza, a partir do momento em que se experimenta... - E os desafios são reconciliações suas consigo mesmo. O mundo exige de nós o constante exercício da conquista, quando na vida só existem perdas. Incoerente? Então, dirigimo-nos aos porões da consciência humana como escapatória. E, paradoxalmente, vemos nessa fuga um crescimento intelectual - E conhecemos: a ansiedade, a fobia, o pânico, a depressão... A verdade. E talvez essa verdade é que esteja nos confundindo. Revolvo a minha trajetória. E ali, um rasgo na alma. No entanto, para que recobrar o passado? Isso pode me levar a uma neurose definitiva. Deixe morto o que morto está. Aliás, onde tudo é inconsideração, questionar é mesmo sofrer... – Vivemos do que nos tornamos: espasmos fantasmagóricos do que significamos. Tenho a impressão de que pensar não nos faz melhores que as outras criaturas. Porquanto, não sabemos pensar. Eu sou uma imperfeição de mim mesmo. E quanto mais eu penso, mais eu sou. Nesse contexto, e adiante, o que resta é uma (adorável) pergunta eternamente sem resposta.