"Inês é morta"* (16/05/2019)
A Câmara de Vereadores solicitou, através de requerimento, que o prefeito interino, Sales Júnior (PRB), compareça àquela casa legislativa, na terça-feira (21), para explicar os reais motivos do "cancelamento" do São João de Patos. A petição foi motivada pelo fato de o ex- presidente da Fundação de Cultura ter declarado, recentemente, que o São João era viável. Deleon Souto afirmou que não deu prosseguimento ao projeto de realização da festa, porque foi impedido pelo prefeito. Quando da coletiva de imprensa, realizada com o propósito de anunciar o cancelamento das grandes atrações, a principal alegação do gestor municipal foi a falta de captação de patrocínio. Pressionada quanto ao ônus da prova, a diretoria da Fundap renunciou de forma coletiva, entregando os cargos uma semana depois. Não se trata de uma convocação obrigatória, mas é educado dizer sim. Aliás, quando estava à frente do legislativo Mirim, Sales sempre cobrou atitudes mais republicanas por parte da edilidade. Surge, então, uma oportunidade para que seja exercitada às relações institucionais entre os dois poderes. Confesso, que do ponto de vista prático, as explicações do prefeito interino deverão ser mesmo reiterações do discurso já, exaustivamente, propalado. Para atender ao bom diálogo, esse debate deveria ter sido proposto pela câmara antes da decisão tomada, pois, agora, "Inês é morta". Porém, não vejo nada de muito absurdo, principalmente, pela repercussão gerada, um servidor público prestar contas de seus atos, em nome da responsabilidade que o cargo lhe confere. E que fique registrado nos anais da casa de Juvenal Lúcio de Souza, para que a história um dia possa cobrar de todos nós.