Um amigo que ganhamos de Deus
Sentados na grama, esperando o Sol se pôr, dois irmãos tinham brincado o dia todo com fantasias.
Juntos eles cresciam. Juntos descobriam o mundo, as dores dos joelhos ralados e as broncas por alguma travessura. Mesmo assim, não deixavam de viver juntos, de participarem da vida um do outro.
O irmão mais velho com a tentativa de proteger o irmão mais novo. Capaz de fazer tudo, de mover o mundo com as mãos, de brigar com quem fere o coração do seu irmão. Capaz de proteger sem nem mesmo ninguém pedir por isso. O irmão mais velho vive por instinto.
O irmão mais novo sempre trazendo a doçura do começo da infância, das descobertas, das travessuras que ele ainda não sabe que podem render castigos ou broncas. É a delicadeza, é a vontade de ser igual ao irmão mais velho e, assim, ele não poupa esforços para dar orgulho ao seu irmão.
Irmão mais velho e irmão mais novo. Tanto sentimento existe entre eles, tanta vontade de ver a vida sendo gentil e os sonhos sendo realizados na vida de cada um deles.
Tanta vontade de nunca precisar se separar, de sempre ter uma nova chance de brincar, de sorrir, de abraçar feito irmãos um ao outro. Tanta vontade de a idade nunca chegar, de os desafios nunca separarem eles. Irmão mais velho e irmão mais novo: que combinação perfeita!
Pode passar o Sol, a chuva, os anos e os empregos. Passam-se as regalias, as responsabilidades, mas o desejo e o “ser irmão” nunca acaba, nunca muda, nunca deixa de ser. Irmãos são laços feitos desde o instante do nascimento e ninguém é capaz de quebrar esse laço.
A vida passa, os anos veem e vão, mas o amor de irmão é sempre o mesmo. É um amigo que ganhamos de Deus, para nunca precisar se despedir.