Presente imitando o passado.
A chuva não lava minha tristeza. Por mais forte que seja, ela lava a atmosfera, o solo agradece, mas não consigo esquecer os muitos sem teto de nossas cidades. Até quando isso irá perdurar, até quando iremos aguentar? Será o final dos tempos? Lembro-me de quadros de pintores da Idade Media com muitas famílias pelas ruas de algumas cidades europeias. Retratavam a realidade que em minha infância me deixava triste. Mal imaginava que um dia veria essa realidade aos nossos pés, ao vivo e a cores. Achava que o futuro seria de objetos voadores, luxo, muito vidro e muitos jardins. Lamentar não leva a nada, mas tenho que por para fora o que fico pensando para, quem sabe, dormir melhor, numa cama confortável, com teto e janelas fechadas. com chuveiro elétrico e o que considero um mínimo de conforto. Vou pensar positivo na esperança de que isso ajude a população de rua a ter um futuro melhor. Sei que já estão providenciando albergues. Tomara que dê certo!