Moça Antiga...
Passando no adentrar da noite em frente a Matriz
Até o sacerdote corre a porta
Para ver a passagem triunfante de uma morena feliz
Qual penitência merece aquela malandrinha
Ah! Se ela fosse minha
Comadres dizendo lá vai a moça sem eira nem beira
Quer apostar como ela irá entrar no antro da gafieira
Enquanto a lua já desponta linda lá no céu
Na Terra uma moça de família adentra o salão
É claro que só podia ser Raquel
E toda a antiguidade do seu velho coração
Lugar mal falado e de pouca luz
Carlos Galhardo a vê e já avisa:
É essa a mulher que me seduz!
Das cordas de um sonoro violão
Para a doce moça ele cavalheiro estende a mão
Venha para os meus braços como se fosse um altar
Manhosa ela ainda nem sabe o que é pecar
Mas faz o seresteiro o rosário de contas da paixão dedilhar
Ele num charmoso terno risca de giz
Cabelo impecável penteados sempre para trás
Ajeita o bigode
E traz para si toda a exuberãncia da moça de Batatais
Juntos deslizam pelo salão
Naquele tempo o olhar da mulher era sinônimo de sedução
Sem decotes e pernas de fora
O desejo era o motivo de toda inspiração
E quando o sereno da madrugada caia devagarinho
Até os pombos voltavam para os seus respeitosos ninhos
Mas para casa sozinha aquela donzela não poderia voltar
Afinal malandrinha também é moça para casar
Então Carlos Galhardo a acompanha respeitosamente até o portão
Quando garboso lhe pediu como súplica um beijo
A morena malvada disse não...
Ele compunha melhor quando sofria uma desilusão
O coração dele gritou no peito:
Agora eu quero!
Quem será essa moça cheia de poesias e de mistérios
Menina, sou um promissor cantor
Boêmio sim mas com o peito repleto de amor
Case-se comigo e juro que nada irá te faltar
Deixa eu ser o primeiro a sua inocência desbravar
Selaremos nosso amor com flores no altar
Mas ao ouvir a velha frase:
Você será para todo o sempre somente minha!
A moça lhe dá um tímido sorriso e sussura manhosinha:
Agradeço mais não posso!
Sou " Malandrinha ",,,
Esse é o cantor que dispensa adjetivos Carlos Galhardo, o " Rei da Valsa" na Era do rádio. Malandrinha é uma música composta por Freire Júnior em 1927, e do qual foi gravada por Carlos no auge do romantismo no Brasil.Fala da astúcia e do quanto é cativante a alma feminina...
Passando no adentrar da noite em frente a Matriz
Até o sacerdote corre a porta
Para ver a passagem triunfante de uma morena feliz
Qual penitência merece aquela malandrinha
Ah! Se ela fosse minha
Comadres dizendo lá vai a moça sem eira nem beira
Quer apostar como ela irá entrar no antro da gafieira
Enquanto a lua já desponta linda lá no céu
Na Terra uma moça de família adentra o salão
É claro que só podia ser Raquel
E toda a antiguidade do seu velho coração
Lugar mal falado e de pouca luz
Carlos Galhardo a vê e já avisa:
É essa a mulher que me seduz!
Das cordas de um sonoro violão
Para a doce moça ele cavalheiro estende a mão
Venha para os meus braços como se fosse um altar
Manhosa ela ainda nem sabe o que é pecar
Mas faz o seresteiro o rosário de contas da paixão dedilhar
Ele num charmoso terno risca de giz
Cabelo impecável penteados sempre para trás
Ajeita o bigode
E traz para si toda a exuberãncia da moça de Batatais
Juntos deslizam pelo salão
Naquele tempo o olhar da mulher era sinônimo de sedução
Sem decotes e pernas de fora
O desejo era o motivo de toda inspiração
E quando o sereno da madrugada caia devagarinho
Até os pombos voltavam para os seus respeitosos ninhos
Mas para casa sozinha aquela donzela não poderia voltar
Afinal malandrinha também é moça para casar
Então Carlos Galhardo a acompanha respeitosamente até o portão
Quando garboso lhe pediu como súplica um beijo
A morena malvada disse não...
Ele compunha melhor quando sofria uma desilusão
O coração dele gritou no peito:
Agora eu quero!
Quem será essa moça cheia de poesias e de mistérios
Menina, sou um promissor cantor
Boêmio sim mas com o peito repleto de amor
Case-se comigo e juro que nada irá te faltar
Deixa eu ser o primeiro a sua inocência desbravar
Selaremos nosso amor com flores no altar
Mas ao ouvir a velha frase:
Você será para todo o sempre somente minha!
A moça lhe dá um tímido sorriso e sussura manhosinha:
Agradeço mais não posso!
Sou " Malandrinha ",,,
Esse é o cantor que dispensa adjetivos Carlos Galhardo, o " Rei da Valsa" na Era do rádio. Malandrinha é uma música composta por Freire Júnior em 1927, e do qual foi gravada por Carlos no auge do romantismo no Brasil.Fala da astúcia e do quanto é cativante a alma feminina...