SER PASSAGEIRO DE METRÔ, TREM OU ÔNIBUS EM HORÁRIO DE PICO...

.... É, antes de tudo, ser uma pessoa de sorte e sem precisar ser assim tão forte. Pois no momento infernal em que se submete a entrar ou sair de um ambiente destes (metrô, trem, ônibus) em horário de pico é tentar conhecer o inferno sem precisar morrer de alguma forma. Pois neste momento, a mesma pessoa se torna algoz e vítima, simultaneamente, à sua revelia. Pois tanto empurra a quem estiver na sua frente como, ao mesmo tempo, é empurrada por quem estiver logo atrás e tudo de maneira repentina e forte, quando carteira, celular, relógio, corrente, brinco e qualquer outro objeto de valor comercial vai sendo subtraído de maneira veloz e, obviamente, imperceptível. Se os animais irracionais, por exemplo, boi, vaca, cavalo, bode etc., tivessem a oportunidade de presenciar uma cena estranha desta, no mínimo, eles correriam pelos campos “horrorizados” com tamanha selvageria e contrassenso, como se perguntassem: “Mas onde está a educação que o ser humano tanto fala e propaga?”. NO mínimo foi parar no lixo ou nunca existiu. Pois, diariamente, nestes dois horários, ou seja, na parte da manhã e final do dia, ou seja, nos dois horários de ida e vinda do trabalho, em quase toda estação de trem ou metrô o inferno se faz presente e não adianta ninguém procurar por “aqueles seguranças” - pessoas que são pagas para organizar algum tipo de embarque ou desembarque destes meios de transporte - pois os mesmos simplesmente “submergem”, “desaparecem” em meio à multidão de passageiros e se duvidar até os próprios podem precisar de socorro, ajuda quando podem ser pisoteados nestes momentos de transtorno humano ou desumano, diga-se de passagem, literalmente.